15 abril 2009
Detector de Alzheimer
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, obtiveram precisão de 87% em um teste, aplicado em 410 pacientes, que detecta o mal de Alzheimer – doença degenerativa do cérebro que causa dificuldade de raciocínio e de memória–, antes da manifestação dos primeiros sintomas. Com isso, será possível manter funções cognitivas nos pacientes, como tomar banho e administrar as finanças, em doentes no estágio inicial. O exame é baseado na detecção das proteínas beta-amiloide 42 e tau (indicadores da doença) no líquido da medula espinhal (líquor).
“Esse é um primeiro passo para a descoberta de substâncias que permitam intervenções mais rápidas. No entanto, ele é muito invasivo e não se sabe se poderá ser usado em médio prazo. Por isso, novos estudos são necessários a respeito dessa doença de grande incidência entre idosos e que afeta o doente e familiares”, diz Rita Cecília Reis Ferreira, diretora científica da Associação Brasileira de Alzheimer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 25 milhões de pessoas possuem o mal e a maioria tem mais de 50 anos. Entre elas, o pai do técnico da seleção brasileira de futebol, Dunga. Só em São Paulo, 56.827 pessoas procuraram o Sistema Único de Saúde (SUS), no ano passado, para evitar ou retardar os sintomas da doença. (G.B.)
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