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08 junho 2011

ALICE COOPER - TURNÊ BRASILEIRA

Ele se considera o Darth Vadder do rock’n’roll. Ou o Hannibal Lecter.
O vilão, na realidade, não importa. Toda vez que sobe num palco, Alice Cooper precisa se transformar no personagem que criou para si mesmo em 1964. Hoje, aos 63 anos, esse senhor leva uma vida de ator.
Durante o dia, reza duas vezes, joga golfe com os amigos músicos – e é o melhor deles, garante –, e, eventualmente, dá aulas de cristianismo.
À noite, passa pó branco no rosto, pinta olheiras enormes, canta rock’n’roll em canções que falam até de necrofilia e brinca com cobras.
Ele não vê problema nessa interessante dicotomia: “Não tem nada na Bíblia que proíba alguém de ser um rock star”, diz o músico. Por telefone, do Canadá, o simpático Alice Cooper falou ao JT sobre drogas, sua paixão por golfe e, claro, música.

Seu primeiro show no Brasil foi em 1973, logo depois de você ter lançado o ‘School’s Out’. São 37 anos de diferença. Muita coisa mudou, na música, nos fãs. O que você espera dessas apresentações que fará no Brasil?

Não tem muito o que esperar. O que sempre pensamos quando imaginamos um show no Brasil é que o público brasileiro cante e grite muito alto. Já fui para o seu país umas quatro ou cinco vezes. Sempre gostei muito de como os fãs de rock me receberam aí.

E o que os fãs podem esperar dos seus shows por aqui?
Cara, vocês vão ver todos os grandes hits do Alice Cooper. Meu show é sempre altamente teatral. Temos muitas surpresas. É um espetáculo bastante visual. Algo que você não está acostumado a ver numa apresentação. Então, não importa quantas vezes você já foi a um show meu, tudo acaba sendo novo e excitante.

Todos os clássicos? S
abe, isso não é muito comum. As bandas preferem tocar músicas dos últimos discos. E deixam os hits para o fim dos shows…
Não, não podemos fazer isso nunca! São 26 álbuns! Não podemos dar prioridade só para o novo trabalho. Vamos tocar tudo. Under My Wheels (do disco Killer, de 1971), No More Mr. Nice Guy (Billion Dollar Babies, 1973), são algumas das músicas do show.

Mas como criar algo diferente nesta parte teatral? Coisas como as cobras, fogo, etc…
Na realidade, estamos sempre tentando criar alguma coisa nova para o show. Uma surpresa diferente. Fazemos isso todas as vezes. Imagina se ficarmos repetindo todas as noites? Vai ficar chato. Não queremos cair nessa rotina.

Você é considerado o pai desse estilo de show de rock teatral. De onde veio essa ideia toda?
Eu sempre achei que o público deveria ter o seu dinheiro investido no ingresso bem empregado. Não apenas ir ao show e ver a banda ali, parada. Assim, eles vão usar uma camiseta com o nome da banda. Desde sempre nos propomos a fazer um show completo. Com toda a atmosfera teatral, com luzes, animais e, claro, música.

Você espera que as pessoas tenham medo no seu show?
Não é medo. É um pouco de comédia também. Antigamente, era diferente, era mais assustador, mas também era engraçado. Sempre fiz questão de ter comédia, além do terror. Algumas bandas esqueceram de colocar a comédia no palco. É um erro. Hoje em dia, o noticiário da CNN é mais chocante. O que fazemos é entreter o público, tirar essa seriedade toda.

Não é de hoje que bandas imitam a sua performance no palco, como Kiss, nos anos 70, e Rod Zombie e Marilyn Mason, mais recentemente. O que pensa disso?
De verdade, eu costumo falar que eles são meus filhos desobedientes. Os caras do Rob Zombie são uns dos meus melhores amigos no meio musical. Gosto muito do que eles fazem, assim como o Marilyn Mason, o Mötley Crüe, a Lady Gaga, são grandes amigos…

Lady Gaga?!?!
Sim! Ela foi a um show meu, apareceu no backstage e veio me agradecer. Disse que foi muito inspirada por Alice Cooper. Achei incrível. Ela faz a versão dela dessa performance teatral no palco.

E por que você os classifica como ‘filhos desobedientes’?
Eu fui numa direção e Mötley Crüe seguiu uma outra linha. Eu fui aquele que nunca entrei em problemas com a polícia, etc…

Você diz problemas com coisas como drogas e álcool?
Sim, claro. É como eu estar com uma banda, como esta que me acompanha hoje… eu não vou contratar alguém que usa drogas. Porque quando formos entrar em turnê, ele vai ser um problema. Não estou falando de beber uma cerveja. Isso não é problema para ninguém. Mas se você está numa banda grande, estar bêbado sempre não funciona no show. Não dá.

Mas isso antigamente era normal no meio musical, não?
Mas eram os anos 70. Naquela época, todo mundo estava ligadão. Agora não estamos mais.

Você teve problemas com álcool. O que te fez parar de beber?
Eu simplesmente acordei numa manhã e vomitei sangue. Aquilo me fez perceber que meu corpo estava morrendo. Fui ao médico e ele disse: ‘Se você não parar de beber, irá morrer em duas semanas’. E era uma época em que testemunhei amigos meus morrendo, como Jim Morison e Jimmy Hendrix. Daí, eu decidi parar. Isso foi em 1981. Não bebo há 30 anos.

Como você é fora dos palcos?
Sou um cristão normal. Quando eu for para São Paulo, você vai ver. Vou fazer compras, jogar uma partida de golfe. O que acontece é que, quando eu viro Alice Cooper, preciso me tornar um vilão. Sou como o Darth Vadder, do Guerra nas Estrelas, ou como o Hannibal Lecter, de O Silêncio dos Inocentes. Eles são vilões. Eu adoro fazer essa transformação.

Com que frequência você joga?
Jogo golfe seis dias por semana. Jogo com o Tiger Woods e com outros os golfistas.

Por que escolheu esse esporte?
Quando estamos em turnê, não conseguimos sair para jogar basquete. É mais fácil achar um campo de golfe. Vou lá, joga por algumas horas e depois vou para o show. Muitos músicos jogam: Lou Reed, Huey Lewis (da banda Chicago), Neil Young, Meat Loaf. Até agora, eu sou o melhor (risos).

Dá para ser um rock star e ter alguma religião?
Dá, sim. Sou protestante. Não existe nada na Bíblia que diga que você não pode ser um cantor de rock’n’roll. Entendo que Deus me deu um talento e espera que eu o use. O meu show não tem nada de anticristo. Muito pelo contrário, acho até bem cristão.

As pessoas estão mais acostumadas com roqueiros com atitudes como a do Marilyn Mason, que costuma dizer por aí é que o próprio anticristo, né?
Acho que cada um escolhe a própria religião. Não sei qual é a religião do Mason, não consigo dizer o que ele é, o que ele pensa.

Como é na igreja? As pessoas te olham de forma diferente?
Algumas não gostam. Mas a maioria me olha como mais um cristão. Existem advogados cristãos, médicos cristãos. Sou um cantor de rock cristão. Sempre oro antes dos shows. Oro todos os dias. Leio a Bíblia de manhã e à noite. E dou aulas de cristianismo, às vezes. Meu pai era pastor, meu avô também. Isso é algo de família.

Fonte RockNews

27 janeiro 2011

Direito gay x direitos humanos

Em entrevista concedida à revista Veja desta semana, o cantor gay Rick Martin diz que “existe muito preconceito contra mães de aluguel, mas é uma alternativa excelente.
A mãe dos meus filhos é linda, uma mulher estudada, espiritual, que fala quatro línguas.
Mostrarei a foto dela aos meus filhos, mas não haverá contato entre eles. Fizemos um acordo de privacidade”.
Ele diz ainda que quer que os filhos “sintam orgulho em fazer parte de uma família moderna”.
Martin revela ainda que já sentiu atração sexual por mulheres, mas que, no fim do dia, a vontade dele é de estar com um homem.

13 janeiro 2011

ENTREVISTA COM UMA EX-ATRIZ PORNO

Jenni, muito obrigado por me permitir entrevistá-lo.

Você é muito bem-vindo, algo que eu possa fazer para ajudar, é meu prazer

Quanto tempo você tem estado fora da indústria pornô agora?

Eu deixou oficialmente a indústria do sexo todo cerca de 3 anos após a vinda de Cristo e encontrar Shelley Lubben e Pink Cross Foundation mas parei ativamente fazendo filme pornô em meus 20's atrasados quando me casei e tive meu filho. Eu não passei muito tempo fazendo filme pornô, mas eu usei a minha pornô título para vender-me mais em outras áreas e funcionou. Eu usei a minha experiência da pornografia a promover-me como uma bailarina e uma prostituta, etc

Sim, porque quando você está na indústria pornô, os clubes vão promovê-lo como um "dançarino" recurso e você pode conseguir mais dinheiro dessa forma.

Exatamente! Eu tinha apenas 20 anos quando me mudei para Hollywood para entrar no mainstream pornô.

Quantos anos você tinha quando você começou na indústria pornô, e quanto tempo você estava dentro?

Eu era muito jovem com apenas apenas 18 anos quando comecei a fazer pornô e eu diria que eu fiz-lo e em cerca de 10 anos. Eu realmente não sei como cuidar de mim e parecia ser uma maneira fácil de sobreviver. Eu diria que eu estava na indústria do sexo durante cerca de 15 anos. Eles gostam de caçar raparigas que precisam de dinheiro. Eles são muito fáceis de tirar vantagem.

Aproximadamente, quantos filmes você fez?

Eu provavelmente feitas cerca de 20 filmes não são muitas em todos.

Você se importaria em descrever como você começou no pornô? Eu sei que nenhum artista pornô acorda um dia e, aleatoriamente, decide entrar na pornografia. Há sempre algo que leva até ela. Você pode colocar apenas para nós os eventos que levaram à sua decisão de entrar na indústria pornô?

Comecei por fazer outras coisas primeiro como dançar nua em um bar, fazendo despedidas de solteiro, e escolta. Eu precisava do dinheiro e não tinha terminado a escola e estava morando sozinho nesse momento. Comecei a viver esse estilo de vida indústria do sexo para, eventualmente, alguém sugeriu que eu faço pornô e parecia que paga muito bem e era legal, então decidi contactar um agente local que me iniciou. O agente me fez uma cena em um hotel barato em Denver e é assim que tudo começou. Eu não tinha idéia do que eu estava me metendo na hora.

O que você lembra mais sobre essa primeira experiência. Foi muito traumático para você?

Essa primeira experiência foi ímpar. Fiquei incomodado com o fato de que o meu agente utilizado documentos falsos, que mostrou que eu tinha sido testada para HIV e outras DSTs. Eu nunca tinha sido testada. Lembro-me também a atriz pornô que eu deveria trabalhar com esse dia estava lá, mas ela não podia fazer nada por causa de sua saúde. Suas entranhas estavam tão danificadas da pornografia. Eu pensei que ia ser eu e uma mulher - menos o direito ameaçador? Mas esses dois caras se juntaram e eu não acho que eles iam fazer que eu deveria agir como ele não era o meu primeiro filme, mas acho que eles poderiam dizer que eu era novo. Havia muitas bandeiras vermelhas no início lá.

E a sua infância? Eu conheço um monte de meninas na indústria tem antecedentes de abuso sexual, estupro, negligência, ou algum tipo de trauma. Você acha que qualquer um dos eventos em sua infância fez-o mais suscetível à idéia de entrar em filme pornô?

Eu definitivamente acho que minha infância teve um papel grande em mim entrar em pornografia, etc Meu pai nunca foi em torno de muito e meus pais se divorciaram quando eu tinha uns 8. Aos 14 anos eu fugi de casa e acabou se tornando uma ala do estado e manteve-se dentro e fora dos lares, residências, instituições e outros locais até que eu tinha 17 anos. Eu fugi muito e passou um tempo nas ruas, onde era fácil para mim entrar em apuros e minha vida nunca foi estável depois disso. Eu também estava exposto a pornografia desde muito cedo e vi revistas pornográficas, muitas vezes como uma criança. Eu acho que um monte de coisas as coisas da minha infância me armou para uma carreira longa e agradável na indústria do sexo.

Você mencionou seu pai não estar por perto. Eu sei que é o caso mais de atrizes pornôs. Eu sei que era para mim. O que você diria que seu estado emocional, como foi durante a sua carreira pornô?

É realmente difícil de se lembrar muito do que aconteceu desde que eu tenha bloqueado a maioria de fora. Acho que emocionalmente eu estava basicamente "não existe" e eu me anestesiada com maconha e álcool e outras coisas que eu não tive que lidar com meus sentimentos crus. Eu encontrei-me deprimido e só um pouco e meu comportamento era irregular e muito auto-destrutivo. Eu olho para trás agora e ver que havia muita raiva e amargura lá também. Eu era uma verdadeira bagunça.

Para muitos de nós, a droga era uma grande parte da forma como lidou com o ser em que o estilo de vida. Como você lidar mentalmente e emocionalmente com estar na indústria pornô?

Eu acho que foi tudo por mim mesmo entorpecente e encontrar alguma maneira de escapar ou "check out". Minha droga de escolha foi principalmente maconha por muitos anos, mas eu tenho que ser um bebedor muito grande quando completou 21 anos enquanto trabalhava em um bar de topless. Também percebi mais tarde que o sexo era uma droga para mim também e dormiu em torno de um lote, mesmo quando eu não estava funcionando. A maconha misturada com álcool e sexo eram uma combinação ruim e me deixou sentindo mais afterwords vazio, solitário e deprimido. Como uma mulher nessa vida, você acha que nunca tem que pagar por drogas ou álcool, etc, porque alguém sempre estava lá para prestar essas coisas para mim. Uma coisa que me lembro foi tentar separar o real me da estrela pornô mim. Tornei-me duas pessoas e transformou-o ligar e desligar, quando necessário. Minha outra personalidade "Veronica" era apenas uma fachada falsa para acobertar e proteger o verdadeiro eu, então eu poderia começar o meu trabalho. Veronica era muito sociável e de saída e ousado, o meu verdadeiro eu, Jenni, não haha muito.

Jenni, um monte de pessoas que vêem pornografia acreditam que as mulheres amam o que estão fazendo, e estão simplesmente agindo de suas fantasias. Esta é realmente a verdade?

Esta não é a verdade sobre o pornô, ela é uma mentira. A vida das mulheres que se encontram não amá-lo e se eles dizem que a amam, é uma maneira de mentir para si mesmos e torná-lo melhor. Quando eu fiz pornô, eu queria que fosse mais rapidamente possível e foi toda sobre o dinheiro para mim. Eu pensei que eu fiz o que tinha de fazer para sobreviver no momento. Minhas fantasias geralmente constituída de uma vida normal, eu fantasiava sobre o que a vida seria como se eu não estivesse preso no pesadelo. Quando você assistir a filmes pornográficos, que você está assistindo uma mentira que é feito para destruí-lo.

Amém a isso! Quando você estava na pornografia, o que era sua opinião sobre os caras que assistiram pornô - ou até mesmo os homens em geral?

Eu cresci a odiar os homens em geral e não tinha respeito pelos homens que assistiram a pornografia. Eu pensei que os homens eram pervertidos e só queria uma coisa de período das mulheres e as mulheres trataram horrivelmente. Eu acho que de homens de forma diferente agora. Vejo-os como vítimas da indústria pornô também. Eu sei que os homens querem que as mulheres querem muito, e não sexo, mas amor. Nós todos queremos o amor. Nós todos temos um vazio a preencher, mas algumas pessoas tentam fazer isso com pornografia. Alguns homens tem um preço para a dependência da pornografia, perdendo suas famílias e empregos. É tão triste e trágico para mim que a pornografia destrói as pessoas que fazem isso e também as pessoas para vê-lo. Isso é claro para mim agora.

Sim, mas quando você está na indústria pornô, você realmente não vejo isso dessa forma, não é? Você basicamente não se importa com você ou qualquer outra pessoa.

sim, totalmente. Você não tem nenhum respeito por si mesmo ou a pessoa com quem você está. É tudo sobre dinheiro, e conseguir o que você pode de outra pessoa. É toda sobre a sobrevivência. Você vai para a indústria não se preocupar com si mesmo, e quanto mais tempo você ficar, menos você pensa em si mesmo.

Eu sei que eu realmente me odiava pelo tempo que deixei. Qual foi o ponto de ruptura para você? Quando você decide que, finalmente, teve de se libertar de tudo isso?

Não era apenas uma coisa que realmente me fez parar. Muitas coisas aconteceram de uma vez e fiquei muito quebrado. Eu estava dentro e fora da indústria do sexo durante muitos anos. Eu tentei sair muitas vezes antes, mas eu sempre precisa do dinheiro e eu não sei mais o que fazer para que eu iria voltar para ele. Eu finalmente atingiu o fundo de alguns anos atrás. Perdi tudo e as coisas não estavam indo bem mais. Eu tive o suficiente de vender meu corpo e alma e não podia ter qualquer um dos que mais. Acabei desistindo e não sabia como eu iria sobreviver, mas eu não tinha alma para vender período. Eu estava morta por dentro só havia um caminho a percorrer e que foi para cima. Este foi o ponto mais baixo na minha vida. Eu tinha um filho neste momento e não ia deixá-lo arruinar a sua vida também. Se eu não teria sido uma mãe, eu posso estar morto. Acho que parte da minha motivação foi o desejo de ser uma boa mãe para ele.

Então, por esta altura, você praticamente decidido a sair porque não agüentava mais, mas estavam lá todos os medos?

Foi muito difícil no começo, mas foi muito bom apenas para finalmente soltar e ser livre de tudo isso. Meu único medo era ser capaz de sobreviver sem o dinheiro. O dinheiro me mantinha preso. Eu estava preocupado como eu poderia cuidar de mim e meu filho. Mas eu decidi que seria um pouco sem-teto do que nunca vender o meu eu novamente. Uma vez que você deixar de ir ao dinheiro, é muito mais fácil para sair.

Ambos sabemos que um monte de meninas na indústria sofre de doença mental. Eu sei que eu mesma sofria de depressão grave, mesmo depois de sair da indústria. Como você diria que seu estado mental foi após a saída da indústria pornô?

Agora eu sei que depois de anos de vida que a vida, eu estava traumatizada por isso. Era como resistir muitos anos de opressão e de abuso de todos os tipos. Quando eu saí e se livrou das drogas, etc, minhas emoções foram-prima pela primeira vez em muitos anos. Ao longo dos anos, eu sofria de depressão e ansiedade, entre muitos outros problemas e tinha que ter orientação e tomar medicação. Quem entra nesse e já tem uma doença mental, ela só vai piorar as coisas.

E quanto a problemas físicos?

Ao longo dos anos, principalmente eu tinha de lidar com as DSTs. Eu tinha tantas infecções diferentes de todos os tempos. Deixei Hollywood porque eu me tornei tão mal de Chlamydia. Meu abdômen doía tanto que eu tinha que voltar para casa. Minhas vísceras tinham sido tão maltratados, que em um ponto, um médico na Planned Parenthood trouxe um grupo de estagiários em olhar para o meu colo danificado! Eu sabia que o "negócio" estava tomando um pedágio em meu corpo e ele também envelhece rapidamente.

Como você pessoalmente se recuperar de seu tempo em filme pornô? Foi extremamente difícil?

Eu sinto que a única maneira que eu pudesse recuperar-se de que está com Deus na minha vida. Deus me dá esperança de que eu não tinha antes. Os últimos anos têm sido difíceis, mas vale a pena. Coisas que me ajudou foi o apoio constante de outros, a oração, a palavra de Deus, e muito amor. As coisas mais difíceis vêm tentando quebrar velhos hábitos e tentando ter um "verdadeiro trabalho". É tudo sobre aprender a viver um novo caminho, um caminho melhor. Eu acho que minha recuperação é uma coisa em curso e que leva muito tempo. Eu estava em muitos anos e houve uma grande quantidade de danos causados. Eu sei muito mais sobre o pornô agora que eu já fiz quando eu estava fazendo isso.

Você acha que Cristo tinha um papel importante na sua recuperação?

Eu sei que Jesus era a única maneira que eu poderia sair e ficar fora para sempre! Pela primeira vez, eu tinha esperança. Jesus salvou a minha vida. Seu amor é incrível e eu nunca tinha experimentado o amor como esse antes. Foi tão intenso que às vezes dói. Minha mente está sendo renovado diariamente por ele. Todas as mentiras que governaram minha vida estão sendo substituídas com a verdade, a palavra de Deus. Eu tinha percebido que Deus estava do meu pai e iria cuidar de mim. Ele começou a consertar as coisas em mim que estava quebrado. Eu fico mais forte na minha fé a cada dia. Eu não acho que ele é feito ainda. ele ainda está trabalhando em mim. Eu acho que sou uma mãe melhor agora, porque de tudo isso também. Eu não teria feito nada disso se não fosse para o meu menino. Eu quero que ele saiba a verdade sobre a pornografia e tratar as mulheres com respeito.

E quanto a recuperação? Você se sente como a parte mais difícil é mais, ou você ainda tem um monte de cura para fazer?

Eu acho que a parte mais difícil é mais, mas ainda tenho a cura para fazer e ele vai levar o resto da minha vida. Eu tenho aprendido a viver uma nova forma e tenho vindo a aprender como Deus trabalha. Uma das coisas mais cura para mim é ajudar as pessoas afetadas pela pornografia. Chegar aos outros me ajuda a curar. O amor de Deus preenche esse vazio agora. Eu disse a mim mesmo quando eu estava preso em pornografia, que se eu saísse (que eu pensei que nunca ia) que gostaria de tentar ajudar as mulheres a sair daquele mundo. Não havia nenhuma ajuda para mulheres como eu. Eu sou apaixonada por ele.

Então, o que você vê por si mesmo no futuro? Eu sei que você voluntário da Cruz Rosa Fundação e chegar a outras meninas. Você se vê continuar por esse caminho?

Eu definitivamente acho que é onde Deus me quer, vai de volta para aquele pesadelo para ajudar a salvar as pessoas dele. Quando eu vejo algumas dessas meninas, eu me vejo com 18 anos. Não houve tal coisa como a Cruz-de-rosa quando eu fiz pornô. Eu sei que a pornografia é um problema grave e não parece muito está sendo feito sobre isso. Eu amo The Pink Cross Foundation e continuará a trabalhar com eles. Existe uma maneira certa de lidar com a questão da pornografia e de educar e informar a todos faz a diferença. Eu também planeja mudar de Colorado para a Califórnia para ajudar a causa.

Isso é incrível, Jenni. Se você pudesse dizer uma coisa para os homens que estão lendo isso agora, o que seria isso?

Os homens de Deus, ama você! Eu também te amo e sempre vou orar por todos vocês, para as cadeias para serem quebradas. Você é um escravo do pornô muito tanto qualquer estrela pornô. Se você está vendo pornografia ou viciados em pornografia, você está tentando preencher um vazio dentro de você que só Deus pode preencher. Sempre que você olha para a pornografia, você está fazendo o vazio maior, e você vai destruir sua vida. É o mal é uma droga e ela é um veneno e uma mentira. Se você acha que pode mantê-lo no escuro, Deus vai trazê-lo à luz, para pará-lo e curá-lo. Essas mulheres são preciosas e merecem ser amados tanto como você. Não é uma pessoa real do outro lado das imagens que estão vendo, e você está destruindo sua vida e as vidas de seus filhos. Cada porno tem uma filha de alguém nela. E se fosse sua filha? Você pode realmente ajudar na morte de alguém! Macho e fêmea atores pornô morrer de todos os tempos de Aids, overdoses de drogas, suicídios, etc Por favor, pare de olhar pornografia.

entrevista original: http://www.theporneffect.com/april-garris/314-april-garris-a-jennifer-case
idagospel.com

09 janeiro 2011

Heloísa Périssé: “Quero fazer com que Deus se agrade de mim”

Fugindo à regra de uma tendência da multidão que faz planos individualistas e sem Deus, uma das atrizes mais populares e competentes da TV Globo declara em público sua resolução de ano novo para 2011: “Quero apenas estar em concordância total com o plano que Deus tem para a minha vida”.

E ainda faz uma sugestão para seus milhares de leitores na coluna da Revista de TV “Tudo de bom” da edição de domingo (2/1) do jornal carioca O Dia: “de todo meu coração, mesmo que não acredite, eu te desejo a mesma coisa, que você aposte nessa relação vertical”. Leia todo a seguir esse trecho tão legal da declaração da atriz em seu espaço de opinião num dos diários de maior tiragem do Brasil.

“Esse ano, eu decidi o que eu realmente quero. Quero apenas uma coisa, mais do que saúde, dinheiro, paz… Quero apenas estar em concordância total com o plano que Deus tem para a minha vida. Quero apostar com tudo nessa relação vertical. Só! Só? Será que é só? Acredito que isso seja tudo! Fazer com que Deus se agrade de mim. E como eu posso conseguir isso? Tudo virá da intimidade, da amizade que esse ano eu quero aprofundar com Ele. E, de todo meu coração, mesmo que você não acredite, eu te desejo a mesma coisa, que você aposte nessa relação vertical.
“Experimenta, quem sabe? Eu quero acreditar esse ano, que do céu, pra mim, vai cair mais do que chuva apenas: vão cair bênçãos infinitas de Deus para a minha vida. E como a vida também é aquilo que a gente acredita… Acredite você também! Um ano maravilhoso para todos nós!”

A atriz Heloísa Périssé é carioca e viveu parte de sua adolescência na Bahia. Seu início de carreira foi em 1990, no programa Escolinha do Professor Raimundo, da Rede Globo, onde também atuou em programas como Sai de Baixo, Zorra Total, Os Normais, Sob Nova Direção e vários quadros do Fantástico. A adolescente Tati é um de seus personagens mais conhecidos, inclusive com filme nos cinemas. As crianças também devem lembrar da voz de Heloísa, que dublou a personagem Glória, do longa de animação Madagascar 1 e 2. No teatro, o sucesso foi com a peça “Cócegas”.
Fonte: SOMA

01 dezembro 2010

Ex-traficante e hoje pastor, Rogério tentou mediar a paz no Alemão

Ex traficante e hoje pastor, Rogério tentou mediar a paz no Alemão
José Junior e o pastor Rogério Menezes (de azul) a caminho da favela da Grota, no Complexo do Alemão

Na véspera da invasão da polícia ao Complexo do Alemão, um grupo de cinco pessoas da ONG AfroReggae decidiu subir o conjunto de 14 favelas na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, e tentar convencer os traficantes a se entregarem. Liderados pelo diretor-executivo da organização, José Junior, eles argumentaram que a polícia venceria um possível confronto e que inocentes seriam as maiores vítimas. Ao lado de Junior estava um dos coordenadores da área social da entidade, Rogério Menezes, respeitado por traficantes, viciados e detentos do sistema penitenciário do Estado.

Evangelizador da Assembleia de Deus, Rogério é chamado de pastor. Em meio à negociação com os criminosos, no sábado (27), (leia AQUI) José Junior recorria ao Twitter para mandar informações em tempo real. “Pastor Rogério é o cara que mais salvou vidas que eu conheço. Muitas, inclusive, na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Homem de Deus”, escreveu o líder do AfroReggae na ocasião.

Ex-viciado, pastor Rogério admite que já traficou drogas, pegou em armas e cometeu crimes. Foi preso. Sobreviveu a duas overdoses de cocaína, e “foi salvo por Jesus”. Hoje, ele diz que sua vida pregressa o permite compreender o que passa pela cabeça de criminosos e apresentar argumentos para tirar muitos da marginalidade. “Já salvei uns 300 que estavam amarrados para morrer”, garante.

Sobre a ação de retomada do Complexo do Alemão pelo Estado, o pastor diz acreditar “que a intenção foi uma das melhores”. Segundo ele, “o governador tem feito um trabalho muito bom”. Contudo, o religioso defende que somente uma anistia aos traficantes será capaz de pôr fim à ameaça de guerra no Rio. “Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares e pela Justiça.”

A seguir, leia mais sobre o que pensa o pastor.

iG: Às vésperas da polícia invadir a favela, no sábado (27), o senhor e o José Junior entraram no Complexo do Alemão para conversar com os traficantes. Na sua avaliação, esse gesto ajudou a evitar derramamento de sangue?

Rogério Menezes – Sim. Eu e o José Junior estávamos todo o tempo juntos. Ele virava para mim e falava “pô, Rogério, o que a gente pode fazer para ajudar?”. Eu respondia: “Junior, eu sei que é perigoso e arriscado, mas imagina se a polícia entrar? Vai morrer muita gente. Temos de ir lá”. Expliquei que o máximo que poderia acontecer era a gente ser tomado como refém. Falei: “Deus está nos mandando ir”.

iG: O que o senhor pensava naquele momento?

Rogério Menezes – Havia ali cerca de 1.500 pessoas com algum envolvimento com o crime. Se houvesse confronto, eles iriam enfrentar, como foi noticiado, 2.600 policiais civis, militares, homens do Exército e da Marinha. Sem contar os inocentes, os jornalistas, imagina o derramamento de sangue que poderia existir… Eu só pensava nisso.

iG: Como vocês chegaram até os traficantes?

Rogério Menezes – Entramos na favela e perguntamos onde eles estavam. Nos orientaram a chegar até a parte mais alta. Encontramos um grupo de cerca de 60 homens, os mais perigosos. Conversamos olho no olho.

iG: E como foi a conversa?

Rogério Menezes – Eles vieram até a gente. Estavam cansados, sem forças até para falar. Nós argumentamos que não dava para eles encararem. E muitos diziam “pastor, me ajuda. Pelo amor de Deus. O que o senhor pode fazer por mim?” O José Junior respondeu que não havia nada que a gente pudesse fazer e que o melhor seria se renderem à polícia; que a única garantia que a gente podia dar era a de que ninguém seria assassinado se aceitasse a rendição.

iG: E eles estavam inclinados a aceitar a proposta?

Rogério Menezes – Um dos chefões virou para mim e falou: “Pastor, o senhor me conhece. Sabe que a minha vida todinha eu tirei dentro da cadeia. O senhor quer que eu volte?” Respondi: “Rapaz, é melhor você se entregar do que ser morto. Você tem uma vida, tem família. Pensa muito bem no que você vai fazer.”

iG: E qual foi a reação?

Rogério Menezes – Eles estavam desesperados, amedrontados. Alguns tremiam, estavam com os olhos arregalados. Outros olhavam para a gente como se fôssemos uma saída, um porto seguro. E a gente foi tentando acalmá-los. Mas eles diziam que era complicado se entregar. Em determinadas facções, se entregar é complicado. Eu sei disso. Hoje sou pastor, mas já fui do crime. Entendo a posição deles. Mas é aquele negócio, para o homem é impossível, mas para Deus tudo é possível.

iG: Quer dizer que alguns queriam se render, mas tinham medo de ser assassinados na cadeia por retaliação da facção criminosa a que pertencem?

Rogério Menezes – É por aí. Cada caso é um caso. Depois dessa conversa que tivemos com eles, 37 se entregaram. Um se apresentou na delegacia com a mãe, a imprensa acompanhou. É o Mister M. Teve um pai que foi entregar o filho por acreditar que isso era melhor do que vê-lo morto pelo Bope. Acredito que eles não viam saída. Eu e o José Junior os motivamos a não irem para o confronto. Ninguém imaginava que o Alemão poderia ser ocupado da forma como foi. O maior mérito foi de Deus. Mas há também o mérito do AfroReggae, do José Junior, que foi muito corajoso.

iG: Qual foi o diálogo com os traficantes que mais marcou o senhor?

Rogério Menezes – Vi homens de alta periculosidade me chamar no canto e se abrir para mim e para o José Junior. Um deles chorou na nossa frente. Não de medo. Chorou porque não queria o confronto, porque temia pela vida dele, porque tinha família. Ele estava se sentindo traído por amigos que o deixaram na mão. Foi o momento que mais me compadeceu. Eu ficaria o tempo todo ao lado daquela pessoa, ainda que a polícia entrasse.

iG: Era um dos chefes do tráfico?

Rogério Menezes – Positivo.

iG: Quem falou mais, os senhores ou os traficantes?

Rogério Menezes – Eles ficaram mais tempo calados. Queriam ouvir a gente, queriam uma luz. Eles não estavam conversando com traficantes, mas com pessoas que simbolizavam a paz, a vida. Tem pessoas ali que me conhecem desde 1993, quando comecei a pregar. Muitos eu vi ir para a cadeia, sair da cadeia, visitei na favela. Havia homens com armas nas mãos, mas os que conversavam com a gente não estavam armados. Em momento algum eles diziam que iriam meter bala ou que optariam pelo confronto. Isso eu não vi.

iG: O senhor diz que muitos traficantes não querem se render porque temem retaliações de colegas de facção dentro da cadeia; outros que já ficaram muito tempo presos e não aceitam voltar. A polícia afirma que vai permanecer na favela até realizar as prisões e recuperar as armas. O senhor defende alguma proposta para que não aconteçam novos conflitos?

Rogério Menezes – Sou a favor da anistia. Converso muito com traficantes e com viciados, visito muita boca de fumo. Eu evangelizo muito. Faço um trabalho de Deus, um trabalho do bem, espiritual. Já tirei muitos dessa vida e encaminhei para um emprego. E já vi caso também de pessoas que largaram o crime, se mudaram para outro estado, mas não conseguiram emprego porque devem à Justiça. Tiveram de voltar e retornar para o crime, tinham família. Mas eles me diziam “pastor, o senhor viu que tentei. Voltei para o tráfico, mas não bebo, não me drogo mais, nem a baile funk eu vou. Vai acabar meu plantão na boca e vou para casa ficar com meus filhos”.

iG: O senhor não acha difícil propor para a sociedade que essas pessoas sejam anistiadas sem pagar pelos crimes que cometeram?

Rogério Menezes – É muito difícil responder sobre isso. Como religioso, acho que o culpado disso tudo são as forças espirituais do mal. Vou dar um testemunho da minha vida. Eu trabalhava, ganhava bem, três salários mínimos. Não era de uma vida errada. Mas em um determinado momento me senti sem chão. Tudo começou quando perdi meu pai. Minha mãe arrumou outro homem logo em seguida e eu não aceitei. Ela então me expulsou de casa. Eu tinha 16 anos. Bateu uma depressão tão grande, que perdi meu emprego, não conseguia trabalhar. Era morador da Baixada Fluminense, morava numa comunidade carente, conhecia bandido, conhecia traficante, mas eu era trabalhador. Nem todo mundo que mora dentro de uma comunidade é bandido. Minha família me deu estudo, o melhor que pôde dar. Mas eu caí na vida do crime, me entreguei à bebida, às drogas, fui preso. Houve momentos em que me vi sentado, chorando, querendo sair dessa. Eu despertei, procurei uma casa de recuperação. Tive apoio.

iG: Apesar da visão religiosa do senhor, a anistia não é uma proposta polêmica?

Rogério Menezes – Cada caso é um caso. Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares, pela Justiça. Caso a caso, insisto. Mas, particularmente, eu acredito que num universo com 100% de criminosos, se você oferecer uma oportunidade pelo menos 40% aceitam largar essa vida. É preciso considerar que muitos temem por suas famílias. Se forem presos, quem vai sustentar suas mulheres, seus filhos? Tem que haver um projeto social também.

iG: Muitos bandidos fugiram e a polícia diz que vai capturá-los. O senhor acredita que esses traficantes vão voltar para o Complexo do Alemão futuramente? Ainda pode haver enfrentamento?

Rogério Menezes – Acredito que muitos homens que estavam ali no meio, inclusive os que fugiram, não têm antecedentes criminais. Às vezes até segura uma arma, mas é só um viciado. A polícia tem feito seu trabalho. E cabe à polícia e ao governo continuarem a fazer o seu trabalho. Contudo, também acredito que aquilo ali foi a mão de Deus a fim de despertar esses jovens. Acredito que muitos vão analisar e ver que não vale a pena se envolver com o crime. É a resposta que posso dar para essa pergunta.

iG: O senhor está certo da recuperação dessas pessoas?

Rogério Menezes – Vou dar um exemplo. Trabalha com a gente lá no AfroReggae o Gaúcho. Durante muitos anos ele foi o chefe do Alemão, era um dos mais temidos na área. Ele tirou 28 anos de cadeia e hoje está aí, fora do crime, trabalhando com carteira assinada. Isso é a prova de que enquanto há vida, há esperança. O Bem-te-vi, aquele que morreu na Rocinha, ele vivia me dizendo que queria sair do crime. Eu ia para lá pregar umas sete da noite e ele não me deixava ir embora antes das três, quatro horas da manhã. Ele tinha o prazer de estar do meu lado. Muitas vezes o vi chorar. Ele me dizia “pastor, me ajuda. Quero sair dessa vida, mas não tenho forças. A sociedade me marginaliza, não acredita em mim”. Eu dizia, “rapaz, o mais importante é Deus estar olhando para você. Deus tem um plano para sua vida. Você não pode se entregar à criminalidade”.

iG: Por que evangélicos são tão respeitados pelos criminosos?

Rogério Menezes – No sábado, na hora em que a polícia se posicionou para invadir o Complexo do Alemão, tinha um pastor na entrada da favela de terno e com a Bíblia na mão. Estava ele e a mulher dele. Aliás, havia mais de um, eram muitos. Eles ficaram entre os militares da polícia, do Exército e da Marinha, e os jovens. E eles procuravam esses jovens e diziam para que saíssem dessa vida. Ofereciam apoio: “quer se entregar comigo?”, perguntavam. No momento mais difícil, havendo risco de vida, eles estavam ali. E tem os testemunhos daqueles que saíram do crime e hoje estão aí, vivendo com dignidade. Isso mostra para eles que é possível.

Flávia Salme
Fonte: IG/via Pavablog

14 novembro 2010

10 Perguntas para Emerson Fittipaldi - Movido a Fé

Emerson Fittipaldi dispensa apresentação. Primeiro brasileiro a vencer uma corrida de Fórmula 1 (feito que completou 40 anos em 2010) e a conquistar um título na categoria, ele também foi responsável por abrir o mercado norte-americano para os colegas brasileiros.
Apesar de ter sofrido colisões graves nas pistas, foi depois de um acidente aéreo, em 1997, na companhia do filho Lucca, que sua vida mudou.
A partir daquele momento, se dedicou aos estudos bíblicos e deixou a rotina de celebridade de lado para ter uma vida com Deus.
Do Salão do Automóvel de São Paulo, onde foi lançado um carro com a sua assinatura, ele falou com exclusividade à Folha Universal.

1 – Você sofreu acidentes na Fórmula 1 e um grave na Indy, em 1996. Um ano depois, aconteceu a queda do seu ultraleve. Como e por que esse episódio o aproximou de Deus de forma tão intensa?
Quando a gente desconhece a vida cristã não sabe o valor que está perdendo. Eu levei muito tempo para entender isso. De 15 anos pra cá, o Alex Dias Ribeiro (também ex-piloto de Fórmula 1, que é pastor, tem me ensinado muito. Eu estava arrebentado no hospital quando ele entrou com a Bíblia e eu
falei: “Você vai me dar a extrema unção?” Ele deu risada e foi a partir dali que eu comecei a estudar. É espetacular. Quando se tem o espírito cristão verdadeiro, a vida é melhor em todos os sentidos. Foi um divisor de águas em minha vida.

2 – Com as conquistas no automobilismo,você fez fama, fortuna e sempre fez parte do jet set. Hoje depois da sua conversão, o que mudou?
Em julho deste ano, eu fiz uma palestra,em Miami, em um evento da minha igreja, a Fellowship Church, do Texas. Aproveitei a ocasião para organizar uma exposição de carros esportivos com amigos fora do teatro.Tinham máquinas de até US$ 2 milhões (R$ 3,4 bilhões). E tinha gente da igreja que nunca tinha visto um automóvel daqueles. Comecei perguntando se as pessoas tinham reparado aqueles carros. Então eu disse que tem gente com um carrão daqueles, com muito dinheiro,mas com um vazio por dentro.
O poder financeiro não traz felicidade se a pessoa não tem uma vida com Deus.

3 – A Fórmula 1, que ficou marcada por manobras inescrupulosas e pelos gastos estratosféricos que as equipes tinham a cada temporada, é formada por muitas pessoas vazias?
É um lugar muito ingrato e traiçoeiro.Muito pesado. Há muito dinheiro, ganância e excesso de egoísmo. Uma categoria de difícil convivência. O tempo todo, um fala mal do outro. Todo mundo sofre lá.

4 – Em 2010, a sua primeira vitória na Fórmula 1 completou 40 anos. É um ano para celebrar. Por isso você aderiu novamente às costeletas?
É pura nostalgia. Eu fiz de propósito (risos).Como eu poderia guiar a Lotus, aqui em Interlagos (Emerson andou no carro desua primeira conquista na categoria no GP do Brasil deste ano), sem as costeletas?

5 – Um de seus maiores feitos como esportista e empreendedor foi fundar a primeira equipe nacional na Fórmula 1,a Copersucar Fittipaldi.O que determinou o fim da escuderia?
Infelizmente, naquela época, a imprensa brasileira não entendia o que era a Fórmula 1. Era algo novo no País.Ficou uma cobrança tão dura por resultados,que começaram a nos desmoralizar. Em 1980,a gente não conseguia nem arrumar mais patrocínio no Brasil. Dois anos depois, tivemos que encerrar as atividades.

6 – Para uma equipe nova, a Copersucar conseguiu um surpreendente segundo lugar no GP do Brasil de 1978.Hoje o tratamento seria diferente?
Com certeza. E o mais frustrante é que eu sabia que a equipe estava num ótimo momento, contando com as pessoas certas. Levasemuito tempo para uma escuderia atingir o ápice. Atualmente, a imprensa entende melhor do assunto. A gente andava sempre no bolo domeio, não éramos retardatários. Em 1978, terminamos à frente da Ferrari e da McLaren, competindo apenas com um carro. No fim foi uma experiência válida.

7 – Como foi seu ingresso na Fórmula Indy?
Em 1980, eu não gostava do full ground effect (chassi padrão da Fórmula 1 da época), que era um carro que ninguém se divertia e inseguro. Isso me desmotivou, mas acabou sendo bom porque abriu as portas para os Estados Unidos.

8 – O seu sucesso na Indy acabou abrindo mercado para outros pilotos brasileiros. Mas por que a categoria, depois de ameaçar a Fórmula 1, enfraqueceu tanto?
Uma briga política dividiu a Indy em duas,o que acabou fortalecendo a Nascar (similar a Stock Car). Apesar da dificuldade inicial de me adaptar às pistas ovais, acabei pegando gosto pela coisa, tanto que fui campeão em 1989 e
ganhei as 500 milhas de Indianápolis duas vezes. E eu fui muito bem acolhido. O ambiente lá é muito mais agradável que o da Fórmula 1, pois o norte-americano respeita o esporte.

9 – O automobilismo é um esporte de difícil acesso. O que pode melhorar esse quadro?
Hoje o acesso é até mais fácil, mas o kart deveria custar bem menos. Eu estou lutando para termos uma categoria mais barata. Mas a difi culdade de patrocínio é desde o kart até a Fórmula 1.

10 – Fora das pistas, você é reconhecido como um empreendedor. Aos 63 anos, você pensa em se aposentar?
Eu tenho o trabalho dentro de mim. Homem não pode parar de trabalhar. É igual bicicleta: se parar cai. Você pode diminuir o ritmo, mas não pode parar.

Leandro Duarte
redacao@folhauniversal.com.br

11 novembro 2010

GEORGE FOREMAN


George Foreman diz que foi convertido de boxeador agressivo em gigante gentil e bem-humorado por uma razão apenas: porque encontrou Jesus.

Em seu livro, "God in My Corner: a Spiritual Memoir", o pugilista convertido em pregador conta como morreu e renasceu num vestiário em Porto Rico depois de sua célebre derrota para Jimmy Young, em 1977, numa luta que pôs fim à primeira fase de sua carreira de boxeador -- e de sua vida.

Foreman diz que, naquela noite, foi atirado para dentro de um poço profundo que cheirava a morte, mas que Deus o puxou para fora e que ele se sentiu tão purificado que não pôde mais odiar ou machucar ninguém.

Em 1994, ele chegou a reconquistar o título de campeão mundial dos pesos-pesados -- 20 anos depois de perdê-lo para Muhammad Ali na famosa luta em Kinshasa, a capital do país então conhecido como Zaire.

Hoje Foreman prega para uma pequena congregação em Houston, sua cidade natal, e se tornou empresário de sucesso, conhecido principalmente por suas grelhas "fat-free".

Foreman fala sobre seu livro e sua amizade com Muhammad Ali.

P: Você descreve o lugar sombrio para onde foi no vestiário após a luta com Jimmy Young - o mau cheiro, o sangue que você viu, os versos bíblicos que não conhecia antes mas que recitou. Está realmente convencido de que não existe explicação médica para o que aconteceu?

R: Procurei uma explicação médica, mais do que qualquer outra pessoa procurou. Uma coisa que eu detestava mais que qualquer outra coisa no mundo, mais que a religião, eram pessoas religiosas. Nunca tive a intenção de fazer isso (pregar). Mas aquele cheiro de morte, olhar e enxergar o sangue em minhas mãos... Eu estava morto, e Deus me arrancou daquele poço e me deu uma segunda chance. Espantosamente, não tive mais tempo para odiar ninguém. Senti que não iria dizer nada de mau, nem tentar ferir mais ninguém em toda minha vida.

P: Você cresceu pobre, nas ruas de Houston no sul dos EUA, quando ainda havia segregação racial , e hoje mantém um centro para jovens para tirar crianças pobres das ruas. Qual é o maior desafio enfrentado pela comunidade afro-americana hoje?

R: Acho que o maior desafio é que cada criança que nasce precisa encontrar seu lugar. Nenhuma criança neste mundo tem uma vantagem. A vida vai ser um desafio, mesmo que você nasça em berço de ouro, um John D. Rockefeller. Não é um desafio apenas para uma geração ou grupo étnico, mas para todos.

P: Não vejo em seu livro nenhuma menção a algumas questões ligadas aos evangélicos americanos, como aborto, casamento gay e orações nas escolas. Que posição você adota, como pregador, em relação a essas questões?

R: Sempre digo às pessoas em minha igreja que existem certas palavras inventadas puramente para a política. Elas não passam disso. Minha posição em relação a qualquer coisa é que obtenha dessa vida um ser humano decente.

P: Então, diferentemente de muitos cristãos evangélicos nos EUA, você não tem opiniões políticas?

R: Não, nenhuma.

P: O que você quer que os leitores tirem de seu livro?

R: Que não importa quem você é ou o que alguém lhe fez. A única maneira de encontrar paz de espírito é pelo perdão.

P: No livro você fala de sua amizade com Muhammad Ali. Ele é muçulmano devoto, você é cristão devoto. Alguma vez você tentou convertê-lo?

R: Se tentei? Muhammad me disse: "George, George, se Deus quiser que eu saiba o que você está tentando me dizer, deixe que ele mesmo me diga! Me deixe em paz!". Eu segui aquele cara em todo lugar com a Bíblia. Preguei a ele todos os sermões do mundo sobre Jesus. Mas, no final, encontrei nele um amigo. Eu amo aquele homem.

Como você espera que será reconhecido pelas pessoas?

Uma pessoa que viveu em nome de Jesus Cristo.

09 novembro 2010

RANIMIRO – Um homem de fé

Ranimiro Lotufo, é apaixonado por esportes e se considera um homem de sorte.
Há alguns anos, quase morreu num vôo de parapente.
O equipamento enganchou num fio de alta tensão e a descarga elétrica queimou a perna direita dele.
“O acidente foi uma bênção. Sou uma pessoa muito melhor hoje do que era quando tinha as duas pernas. Antes, era fraco espiritualmente e tinha muita ‘minhoca na cabeça’. Conhecia vários países, tinha dinheiro, mas minha vida estava mal”, reflete.

"Minha educação foi muito rigida e, hoje em dia, olhando pra trás, vejo o quanto foi importante que tenha sido assim. Cresci no meio dos irmãos (tem dois) e dos primos que vinham da cidade nas férias.
As brincadeiras sempre acabavam em confusão, mas minha mãe cuidava pra que o clima de confraternização retornasse. Evangélica, cristã, ela nos reunia todas as noites para que pudéssemos orar e pedir perdão a Deus pelas besteiras feitas no dia.
Aproveitava a deixa pra nos fazer pedir desculpas um pro outro. Funcionava!", relembra Ranimiro.

Esta educação também serviu para guiá-lo na adolescência e conduzir seu espírito aventureiro.
"A minha adolescência foi em Botucatu. Época em que comecei a andar de moto. Tinha até um grupo Os Tretas. Fiz algumas viagens com eles.
Na primeira delas, paramos num bar para tomar uns goles. Uns pediram pinga, outros cerveja, eu pedi café com leite.
Não precisa dizer o quanto riram da minha cara!!! O fato é que eu nunca fui ligado em álcool nem drogas".

Ranimiro encarou as adversidades com bom humor. “Decidi: ‘sou perneta e não vou esconder isso de ninguém.’”
Ele conta que jamais pensou em parar de praticar esportes.
“Quando diziam: ‘não dá mais’, eu ignorava e pensava: ‘Tenho que tentar’. E ia até conseguir”, lembra.

Ele começou a testar esportes que nunca havia feito.
No balanço final, experimentou mais modalidades nos últimos 13 anos do que havia provado antes.
“Tem que tentar, cair, levantar. Dizer ‘não consigo’ antes é o grande erro”, diz. Depois do acidente, Lotufo ainda fez seis trabalhos como modelo com a perna mecânica e sem disfarces. Virou videomaker e abriu uma produtora.

Além disso, dá palestras sobre motivação. Mas rejeita o rótulo de super-homem. “Nunca fiz nada disso para mostrar que sou forte. Quando você lava a alma, fica mais solto. Nada é melhor do que perceber o sentido da vida, enxergar coisas que não via antes”, conclui

08 novembro 2010

ALICE COOPER

Alice Cooper não acredita em espíritos

Alice Cooper revelou, em entrevista ao jornal Metro britânico, que acredita em demônios e que “Jesus passou metade do tempo a lutar [com eles] e a arrancá-los das pessoas”.
Apesar disso, o músico que se assume cristão não acredita em espíritos.

“Adoro ver aqueles programas de caçadores de fantasmas, mas sou cristão, portanto não acredito que haja espíritos à solta que não tenham sido mandados para o céu ou para o inferno
”, disse Cooper antes de acrescentar:
“Esses caçadores de fantasmas estão a lidar com demônios. Eles podem andar por aí e fazer o que querem e conseguem imitar todo o tipo de coisas.”

Quanto aos espíritos, o músico defende: “Não acredito que andemos por aqui a flutuar quando morremos - há um julgamento e ou vais para o céu ou vais para o inferno.”

(Blitz)

AGORA UM CRISTÃO PROFESSO
A estrela rock Alice Cooper chocou o mundo nos anos 70 com uma exibição completamente alcoolizado em palco que explorava tabus que se estendiam do homicídio à necrofilia.
Anos depois ele chocou o mundo rock ao abraçar o Cristianismo.
Ele tornou-se alcoolizado logo no início da sua carreira musical e embebedou-se nos 15 anos seguintes.
Referindo-se a esse tempo ele disse: “Eu era um completo alcoólico funcional, provavelmente o alcoólico mais funcional que alguma vez existiu”.
Disse que foi a intervenção de Deus na sua vida que o libertou do alcoolismo.
“Penso que podemos chamar ao que me aconteceu de milagre. É a única forma que tenho para explicar o que me aconteceu. O álcool foi totalmente eliminado da minha vida”.
Cooper foi muitas vezes chamado de modelo pelos roqueiros da actualidade que gostam de chocar, incluindo Marilyn Manson.
Ele diz de Manson: “Creio que o álbum de Manson, Anticristo Superstar, foi um ataque directo a mim, mas não vou ripostar. Ele é anti-Cristão e eu sou Cristão. Penso que ele teve uma má experiência ‘cristã’ quando era mais novo.
Ele envolveu-se com alguns Cristãos que o não eram e isso marcou-o. Foi pena não ter conhecido Cristãos verdadeiros..

A conversão de Cooper foi mais um retorno à fé do que uma vinda à fé, pois ele diz: “Sempre estive convencido em toda a minha vida que há um Deus único, e Jesus Cristo, e que o Diabo existe.
Não se pode crer em Deus sem se crer em Satanás.
Tenho dito às bandas musicais que a coisa mais perigosa que podem fazer é crerem num mero conceito do Diabo ou num mero conceito de Deus, pois desse modo não lhes estão a dar o devido crédito.
Quando se crê em Deus crê-se no Deus Todo-poderoso. Ele não é meramente Deus. Ele é o Deus Todo-poderoso e tem o controlo total das nossas vidas.
Por outro lado, o Diabo é uma personalidade verdadeira, real, que tenta tudo para destruir a vida das pessoas.
Quando as pessoas crêem que ele é meramente um mito elas já estão a ser vítimas dele, pois isso é exactamente o que ele quer: ser um mito. Mas ele não é nenhum mito.
Estou plenamente convencido disso. Estou convencido disso, mais do que de qualquer outra coisa no mundo”.


Cooper disse ainda: “As pessoas têm de fazer uma escolha. Todos estão a fazer uma escolha entre Jesus e Satanás.
Quando as pessoas me perguntam como é que cri no que creio, digo-lhes que nada mais fala ao meu coração; não ao meu intelecto, não à minha lógica, mas ao meu coração, à minha alma, e mais profundamente do que alguma vez imaginei.
Creio totalmente no Senhor Jesus Cristo.”


“Até os viciados dizem, ‘independentemente do número de drogas que tomo, não me sinto realizado, satisfeito. Elas não satisfazem’.
Há uma fome espiritual que persiste. Todos os sentem. Se não o sentes neste momento, senti-lo-ás ainda.
Podes ter a certeza que sentirás.
Só Jesus pode satisfazer plenamente”.


Trevas, monta entidade cristã para atender viciados

Filho de pastor, roqueiro abandonou a fé na juventude e ficou conhecido como a encarnação do demo.
Nos anos 1970, ele causava arrepios com suas performances nos palcos. Ostentando adereços satânicos, ele encenava enforcamentos enquanto manipulava serpentes e derramava muito sangue cenográfico.
Mas agora o cantor Alice Cooper, outrora conhecido como o Príncipe das Trevas, está muito mais comportado e fazendo boas obras, ainda por cima.
O artista, que dirige a entidade Solid Rock, está empenhado na criação de um centro cristão para jovens em situação de risco em Phoenix, no Arizona (EUA).

A intenção de Cooper, que já levantou US$ 2 milhões dos US$ 7 milhões necessários, é criar um lugar onde adolescentes possam fugir das drogas. Se a gente puder levá-los a largar o vício do crack e se apaixonar pela guitarra, isso vai mudar suas vidas, diz o músico.

O centro vai incluir um estúdio de gravação, sala de concertos e café com palco para apresentações, e suas atividades terão a mensagem cristã como base.

Cooper, cujo nome verdadeiro é Vincent Damon Furnier, é filho de um pastor, mas abandonou a fé na juventude, passando a levar uma vida inteiramente desregrada. Eu bebia tanto que acordava vomitando sangue, lembra. "Estava seguindo o mesmo caminho de Jimmy Hendrix e Ji Morrison", compara, referindo-se a outros astros do rock.
Há cerca de 20 anos, garante, deu uma guinada na vida e aproximou-se de Cristo.
Agora, aos 61 anos, Cooper é mais conhecido pelas atividades humanitárias e por sua paixão pelo golfe.

06 novembro 2010

Ingrid Betancourt: "Nem Pablo Escobar foi tratado como eu"

Em resposta aos leitores de ÉPOCA, a ex-refém das Farc diz por que não pensa em voltar à Colômbia

A vida de Ingrid Betancourt está dividida entre Paris, onde mora o filho, Lorenzo, e Nova York, onde vive a filha, Mélanie.
Ela nunca mais morou na Colômbia desde que foi resgatada pelos militares no meio da selva, em julho de 2008, seis anos e meio depois de sequestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Ingrid veio ao Brasil na semana passada para lançar o livro Não há silêncio que não termine, em que narra o sofrimento no cativeiro.
Nesta entrevista, Ingrid revela muita mágoa por ter sido acusada de forçar seu sequestro por motivos eleitorais (era candidata à Presidência na época) ou de ter sido mal-agradecida ao pedir indenização ao Estado.
“Tenho uma ferida com a Colômbia e preciso de tempo para que ela cure”, afirma.

ENTREVISTA - INGRID BETANCOURT

Marcelo Min/Fotogarrafa QUEM É
Nascida em Bogotá, Ingrid Betancourt Pulecio tem 48 anos. Em processo de divórcio, tem dois filhos: Mélanie, de 25 anos, e Lorenzo, de 22


O QUE FEZ
Graduada em ciências políticas, foi deputada e senadora. Em 2002, era candidata à Presidência da Colômbia, quando foi sequestrada pelas Farc


O QUE PUBLICOU
Não há silêncio que não termine (Companhia das Letras)

Qual foi a pior situação que a senhora enfrentou no cativeiro e da qual preferia se esquecer?
Samuel Fellipe Vieira Cruz,
Fortaleza, CE

Ingrid Betancourt – Há situações das quais não vou falar. Sei que não poderei esquecer delas, mas tampouco quero compartilhá-las. Mas de outras eu posso falar.
Entre elas está a morte do meu pai (em 23 de março de 2002, um mês depois de Ingrid ter sido seqüestrada). Soube de uma maneira muito estranha. Chegaram ao acampamento alguns mantimentos envoltos em papel-jornal.
E não nos importou que havia verduras frescas, mas sim o jornal, pois era algo para ler. Pedimos aos guerrilheiros se podíamos ficar com o jornal. E a primeira folha que peguei tinha uma foto de um padre com fotógrafos ao redor.
Havia muita dor no olhar do padre. Comecei a ler a legenda. Dizia que o sacerdote estava incomodado com a atitude dos jornalistas ao redor do caixão de Gabriel Betancourt. E esse era o nome do meu pai (longa pausa). Foi um pesadelo.

Qual era a maior dificuldade diária no cativeiro? A comida, a higiene pessoal ou o contato com os guerrilheiros?
Lara Paiva,
Natal, RN

Ingrid – O contato com os guerrilheiros era o mais difícil. Eles tinham um padrão de comportamento. Mudávamos bastante de acampamento.
Quando um novo grupo de guardas chegava, ocorria uma espécie de “lua de mel”. Era uma semana em que eles eram amáveis, respeitosos e curiosos por saber quem éramos. Mas muito rapidamente, em questão de dias, o comportamento mudava.
Tornavam-se déspotas, violentos. No meu caso, qualquer coisa que eu fizesse podia estar sujeita a uma reação cruel.
Quando chegávamos a um novo acampamento, uma das primeiras coisas era esticar uma corda para poder secar as roupas no sol.
Lembro que os outros reféns podiam pôr suas cordas onde quisessem. Comigo, um guarda nunca me deixava pôr a corda onde houvesse sol, minha roupa nunca secava direito. Havia crueldades muito piores, claro.
Por uns quatro anos me deixaram acorrentada pelo pescoço a uma árvore. E o guarda, se queria tornar minha vida mais difícil, apertava mais a corrente ou a encurtava ao máximo. Aí mal podia falar ou me locomover.

Havia algum tipo de hierarquia entre os reféns? Quem “valia” mais sofria menos?
José de Moura Pedrosa,
João Pessoa

Ingrid – Havia uma hierarquia de duplo sentido. Havia uma hierarquia baseada no que o mundo lá fora proporcionava em relação às informações sobre mim.
Havia um nome sempre presente nas notícias, o meu. Isso gerava muita rejeição, não somente entre os guardas, mas também entre meus companheiros.
Quando meu nome era citado no rádio, alguns reféns desligavam o aparelho e comentavam: “Por acaso ela pensa ser mais importante que nós porque está no noticiário?”
E os guardas me tratavam de uma maneira mais severa, provavelmente também porque tentei escapar muitas vezes. Eles me viam como inimigo, porque fazia política, e ser política na Colômbia é muito negativo.
Para eles, isso era suspeito, além da minha dupla nacionalidade (Ingrid é franco-colombiana). Acho que lhes causava certa angústia o fato de eu ser mulher, de falar vários idiomas, de ter uma educação. Acho que me viam como um perigo, que poderia manipulá-los. E o tratamento era mais duro. No meu caso, eu podia “valer” mais, mas sofria mais também.

Em alguns casos, reféns criam “laços amorosos” com os sequestradores (a síndrome de Estocolmo). Aconteceu com a senhora?
Francisco Calado Barros,
Fortaleza, CE

Ingrid – Não, por vários fatores. Fui sujeita a muitas humilhações.
Chegou um momento em que criei barreiras psicológicas para me proteger. E uma das maneiras para combater a manipulação deles era lembrar a mim mesma e a meus colegas que eles não eram autoridades nem tinham direito de nos sequestrar.
E era nosso direito tentar escapar e buscar a liberdade. Essa minha atitude contrastava com a de outros companheiros. Não houve síndrome de Estocolmo, mas sim uma necessidade de criar laços de confiança com a guerrilha para obter uma vida mais fácil.
E era isso que a guerrilha queria. Ficava claro que alguns prisioneiros recebiam um trato diferencial. Davam-lhes mais espaço, mais comida, medicamentos quando preciso. Não há necessidade de eu apontar quem eram esses prisioneiros.

A senhora teve alguma relação afetiva com outro refém?
Samuel Saraiva,
Porto Velho, RO

Ingrid – Nunca tive relação física com outros reféns, simplesmente porque não se podia.
Éramos vigiados 24 horas por dia, e por muito tempo eu vivi acorrentada, proibida de falar com meus companheiros.
Mas fiz amizades profundas. Até hoje falo com Marc (Gonsalves, americano com quem ela teria tido um relacionamento, segundo outros reféns), Luis Eladio (Pérez, ex-senador colombiano), Pincho (Jhon Pinchao, policial colombiano que fugiu do cativeiro em 2007).

Qual foi a sensação de ver seus filhos, já adultos, quando saiu do cativeiro?
Ana Maria Monteiro,
Belo Horizonte, MG

Ingrid – Não se recupera o tempo jamais, mas o presente é muito intenso e muito belo. Vi meus filhos no dia seguinte à minha libertação.
Eles chegaram da França em um avião e eu os esperei na pista de pouso. E me lembro, primeiro, da minha impaciência, de que se abrisse logo a porta do avião. E quando eu os vi....bem, eu havia sonhado por anos com eles.
E todo ano, a cada aniversário deles, eu tratava de marcar a data e imaginar como eles poderiam estar. Quando Lorenzo fez 14, Mélanie, 17, e 15 e 18, e 16 e 19, e cada ano pensando como poderiam ter se transformado. Obviamente, eu os imaginava muito bonitos.
Mas, quando eu os vi, eram....(longa pausa) muito mais bonitos do que eu poderia imaginar.

O que mudou em sua escala de prioridades após ser resgatada?
Maria Helena Nunes,
Rio de Janeiro, RJ

Ingrid – A família. Cada um tem suas prioridades e seus afetos, mas não estabelece as prioridades de seu tempo de acordo com seus afetos. Hoje em dia, cuido para que meu tempo seja o da minha família, e o resto para os demais.
Minha prioridade é estar em contato com minha mãe (Yolanda), meus filhos, minha irmã (Astrid) e meus outros familiares,

Que tipo de sentimento a senhora tem hoje pelas Farc?
Oberico Barbosa,
Boa Vista, RR

Ingrid – Há muitos tipos de sentimento. Em relação aos guerrilheiros, sinto perdão.
Porque essas pessoas que me detiveram e me vigiaram também são seres humanos. E em todos os seres humanos há um lado bom, de luz, e outro escuro.
Em alguns momentos, saíam deles o “monstro”, talvez por saberem que estavam armados, que tinha o poder de decisão sobre a vida ou a morte, além do fato de não haver testemunhas. E, como havia uma hierarquia, eles podiam usar isso como uma autodesculpa, alegando que estavam apenas seguindo ordens. E a pressão do grupo era muito forte.
Do outro lado, tampouco quero esquecer a mão estendida de alguns, a compaixão e até o carinho de alguns. Por isso, o perdão é natural. Do ponto de vista da organização das Farc, é diferente porque há uma realidade que é importante compartir.
As Farc se apresentam como uma guerrilha obviamente comunista, digamos, com um objetivo de defender os pobres. Eu não vi isso. Vi uma organização que utiliza os pobres, que os chantageia, que os amedronta, que os obriga a estar em suas fileiras e combater para eles. É uma organização de privilégios a serviço do narcotráfico.
Quem chega a ser comandante consegue ter uma multidão de escravos, que são os guerrilheiros rasos, e não vi compaixão, não vi liderança, vi abusos. Eram privilégios na selva, como mais comida, melhores lugares para dormir, melhores roupas, brinquedos, remédios, até computadores. O comunismo é uma retórica.

Enquanto esteve no cativeiro, a senhora escutou algo sobre o vínculo entre as Farc e partidos políticos brasileiros?
Sergio Coutinho,
Maceió, AL

Ingrid – As Farc sempre foram acusadas de ter vínculos privilegiados com Hugo Chávez, com (Rafael) Correa (presidente do Equador), com Lula. Não acredito que seja real.
Primeiro porque não acho que as Farc realmente necessitem de recursos. As Farc têm bastante dinheiro.
Antes do nosso sequestro, é provável que tenham tentado ter alguma diplomacia, digamos, de contatos em âmbito latino-americano e europeu. Penso que, depois de nos sequestrar, as Farc viram muitas portas se fechar.
Um exemplo: O Partido Comunista francês. Quando eu estava sequestrada, eles receberam representantes das Farc em sua conferência anual. Isso, para mim, foi muito doloroso, porque é uma maneira de respaldar atos terroristas.
Depois disso, nunca mais deram assento às Farc. E isso deve ter passado por todos os lados. E acho que hoje em dia as Farc estão muito isoladas.
Ainda há simpatias pelas Farc, mas acho que são individuais. Não creio, por exemplo, que organizações tão sérias, entre outras o partido que está no comando do governo brasileiro, vai se dar o luxo de ter vínculos com terroristas.

A senhora não acha que tenha sido egoísta ou mal-agradecida quando tentou obter indenização do Estado colombiano por causa de seu sequestro?
Gustavo Borghi,
São Paulo, SP

Ingrid – As pessoas podem pensar muitas coisas, mas a realidade é diferente e houve muita manipulação.
Há uma lei na Colômbia que permite às vítimas de terrorismo pedir indenização ao Estado. Disseram aos colombianos que eu estava atacando a Justiça e os soldados que me libertaram. Outros companheiros se valeram dessa mesma lei, mas não foi notícia.
Tentou-se dizer que eu havia sido a responsável pelo meu sequestro, porque isso me faria subir nas pesquisas das eleições presidenciais. E disseram que me haviam prevenido e que o risco foi tomado por minha própria conta, assinando termos de responsabilidade.
Nunca apareceram esses papéis. Como candidata, tinha direito de receber escolta, mas me negaram proteção. Essa reação é fruto do medo do governo de ser responsabilizado pelo meu sequestro. Mas fui muito clara: a única responsabilidade pelo meu sequestro foi das Farc.
Nem o governo nem ninguém podia prever que as Farc teriam a ousadia de montar um bloqueio numa estrada onde havia militares por todos os lados.
Não culpo o governo pelo meu sequestro, mas não aceito que me culpem por ter sido sequestrada.

Sua imagem piorou muito na Colômbia depois da questão da indenização ao Estado. Como o povo reage quando a vê nas ruas?
Antonio Alberto Castro,
São Paulo, SP

Ingrid – Bem, não caminho pelas ruas da Colômbia.
Quando vou à Colômbia, tenho um esquema de segurança muito forte.
Fui só quatro vezes para lá desde a minha libertação, sempre sob forte escolta. Desde que fui libertada, as Farc me assinalaram como “objetivo militar”.
Na Colômbia houve um apedrejamento público em torno de mim. Foi uma reação muito violenta, que para mim foi muito dolorosa.
Acho que nem sequer Pablo Escobar foi tratado como trataram a mim. Nunca vi, nos anos em que ele esteve vivo e depois de sua morte, o ódio, as ofensas, os insultos que se desencadearam contra mim.

A senhora tem ambição de voltar a se candidatar à Presidência de seu país?
Carlos Eugênio da Cruz,
Londrina, PR

Ingrid – Não tenho aspirações políticas. Para mim, segue sendo muito doloroso que os colombianos possam entender que quis ser sequestrada. Onde está a sensibilidade? Tenho uma dor muito forte com a Colômbia. Uma ferida. Preciso de tempo para que essa ferida cure. Enquanto me sentir assim, não posso voltar à Colômbia para fazer política.

31 outubro 2010

10 Perguntas para Luciana Gonçalves de Novaes - Vítima da Violência

Em 2003, a estudante de enfermagem Luciana Gonçalves de Novaes, hoje com 27 anos, foi atingida por uma bala perdida na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.
Sete anos se passaram e ela ainda briga na Justiça pela indenização. O sonho de se formar em Educação Física foi interrompido pela tragédia, que a deixou tetraplégica.

Hoje a universitária faz Serviço Social na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Os estudos, o tratamento e a casa onde mora são custeados pela Estácio. Contudo, o imóvel apresenta rachaduras e a família aguarda uma nova moradia. Os parentes têm dificuldades para pagar o deslocamento da jovem. A saída do táxi especial custa em média R$ 100.

Atualmente, Luciana recebe um salário mínimo pago pela faculdade, mas necessita de um carro adaptado e de uma cirurgia, a ser realizada nos Estados Unidos.

1 – Sete anos após a tragédia, como está sua vida?

Durante esse tempo foi uma adaptação muito grande. Agora está cada vez melhor, porque, com a ajuda de Deus, voltei a estudar. Falta 1 ano e meio para eu me formar e a minha vida está bem mais tranquila do que alguns anos atrás. Hoje me sinto melhor, mais adaptada, conhecendo mais o meu corpo.

2 – Como é sua rotina semanal?

Todas as segundasfeiras me desloco até a faculdade, no Campinho (bairro no subúrbio do Rio de Janeiro). Nos outros dias, procuro estudar em casa para nunca deixar uma matéria atrasada. Também faço fisioterapia duas vezes ao dia e fonoaudiologia três vezes por semana.

3 – E a Universidade Estácio de Sá está cumprindo com o custeio do seu tratamento?

Agradeço a universidade porque jamais teria condições de pagar o tratamento, pois são muitos remédios caros que tenho que tomar. Agora vou ver com a instituição se ela custeia uma cirurgia nos Estados Unidos para implantação de um chip diretamente no meu diafragma.

Ouvi dizer que várias pessoas tetraplégicas, dependentes de ventilação mecânica, estão conseguindo viver sem o aparelho, ficar um pouco livres. É o que mais quero, porque gostaria de ter uma autonomia de vida melhor.

4 – Você tem alguma informação sobre as investigações do seu caso?
A polícia já tem indícios sobre quem cometeu esse ato de violência contra você?

Não estou muito ciente quanto às investigações. Para mim, não importa quem fez, porque ele não vai trazer minha saúde de volta. O mais importante é o que será da minha vida daqui para frente. Espero que a justiça realmente seja
feita,mas hoje prefi ro estar inteirada apenas da minha vida.

5 – Como está o andamento do processo sobre a ação movida contra a universidade?
O caso está no Supremo Tribunal Federal. Já foi julgado duas vezes e a Estácio recorreu. Está nesse impasse. Até agora não recebi a indenização nem o carro adaptado que pedi.

6 – O que pretende fazer caso ganhe a indenização?

Pretendo aplicar o dinheiro para ter uma renda melhor e comprar um carro adaptado para que eu possa fazer visitas a outras pessoas em hospitais, assim
como as que recebi de muitos amigos cadeirantes, que na época me deram muita força.

7 – O fato de voltar a falar, comer e estudar lhe dá uma expectativa sobre uma possível melhora.A que você atribui isso?

Atribuo a um milagre de Deus, muita fisioterapia e exercícios constantes. Atribuo também ao trabalho de fonoaudiologia, que muito me ajudou na recuperação da fala. Então tudo é um conjunto que me faz ter essa melhora.

8 – As pesquisas na área de células- tronco estão avançadas. Você tem esperança de um dia poder voltar a andar?

Não sei se vou voltar a andar, mas tenho a esperança de melhorar muito. Espero que todas essas pesquisas com células-tronco me ajudem de alguma maneira para que eu possa voltar a ter pelo menos o movimento do pescoço e dos braços e poder sair do respirador. Penso que esse tipo de tratamento pode auxiliar muitas pessoas.

9 – Sobre a segurança no Rio de Janeiro, acredita que tem solução?

Acredito, sim. Algumas coisas estão melhorando, mas o que está sendo feito com a implantação das Unidades de Polícia Pacifi cadora (UPPs) não está
resolvendo totalmente o problema, porque estão tirando trafi cantes de alguns lugares, que acabam migrando para outros. A questão da corrupção também é um outro problema que precisa ser resolvido.

10 – Em um possível encontro com o autor do disparo, como seria a sua reação?

Acho que perdoaria a pessoa que fez isso comigo. O que aconteceu ali foi um tiroteio. Dizem que a bala veio do morro, mas todos nós sabemos que não, porque se tivesse vindo de lá não teria feito o estrago que fez. Acredito que não tenha partido de um traficante.

Creio que tenha partido de dentro da faculdade. Acredito, sim, que tenha sido de um segurança, alguém da faculdade, na troca de tiros. Acho que a pessoa não quis me acertar propositalmente, por isso, eu a perdoaria.

Por Jorge O’hara
j.ohara@folhauniversal.com.br

27 outubro 2010

BOB MARLEY


Bob Marley nasceu de pais cristãos, mas durante a sua adolescência renunciou a religião cristã e ingressou na religião Rastafari.

Quando ingressou na religião rastafari, Bob realizou a cerimônia de batismo em nome de Selassie e o aceitou como Salvador.
Ele passou toda sua carreira acreditando e pregando que Haile Selassie I era o Messias ("o filho de Deus") de que as Sagradas Escrituras diziam que viria em breve (os judeus, por exemplo, ainda aguardam a vinda do Messias). Várias de suas músicas falavam nele como:"One Love", "Jammin'" e "Exodus".

A morte de Bob:
Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu enquanto ele jogava bola.
Foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar.
Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge.
Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas. A doença foi mantida em segredo do grande público.

O câncer espalhou-se para seu cérebro, pulmão e estômago.
Durante uma turnê no verão de 1980 Marley desmaiou enquanto corria no Central Park de Nova Iorque. Finalmente quando ele decidiu ir para Munique para tratar-se com o controverso especialista Josef Issels, não obteve resultados, devido ao avançado quadro de sua doença.

Em 11 de maio de 1981 ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon, em Miami.


O que a maioria das pessoas não sabe (ainda):

Cerca de um ano antes morrer, Bob converteu-se ao cristianismo e foi batizado em nome de Jesus Cristo!
Tommy Cowan, empresário de Bob, estava junto com ele no momento em que se converteu.
Ele disse que Bob ficou 45 minutos chorando e por 3 vezes exclamou gritando:
"Jesus my Savior, Jesus Christ!!!"
"Jesus meu Salvador, Jesus Cristo!!!"

Em uma de suas músicas chamada "So much things to say" ("Muitas coisas para falar") ele canta:
(..)"I never forget no way, how they crucified Jesus Christ"
(..)"Eu nunca esqueci não, como eles crucificaram Jesus Cristo"

(..)"Give us the teachings if his majesty because we don’t want the devil’s philosophy"
(..)"Nos de os ensinamentos de sua majestade porque nós não queremos a filosofia demoníaca"

Essa última é uma passagem bíblica: I Timóteo cap.4 vers.1.

Rita Marley, sua esposa, disse que na cama do hospital, antes de morrer, agonizando de dor, ele estendeu a mão ao céu e exclamou:
"Me leve senhor Jesus Cristo!!!"

Após sua morte, em uma entrevista à televisão jamaicana Rita relatou o que acontecera na cama antes de morrer, mas "os grandões" da religião rastafari não gostaram muito.
Então ela resolveu não mais falar nisso. Esse fato não repercutiu na Jamaica porque não seria "interessante" à religião rastafari. Nem no site oficial de Bob Marley essa conversa aparece.

Obs.: não existe hierarquia na religião. Rita deve ter se referido àquelas pessoas que divulgam a religião com maior empenho.

Eles disseram que não tornaram isso público porque, diversos rastafaris também iriam querer converter-se e aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Conversão
Segundo seu filho Ziggy Marley, Marley se converteu ao cristianismo antes de morrer.
O motivo seria o de que, segundo a religião rasta, o corpo é um templo sagrado e por isso retirar o câncer seria errado. Marley teria descoberto muitas coisas semelhantes entre o rastafarianismo e o cristianismo e decidido que seu corpo deveria ser cuidado.
O próprio Ziggy ainda tenta espalhar o legado de seu pai, com ideais e raízes do rastafarianismo e do reggae, mas com um entendimento cristão.

Existem pelo menos duas biografias sobre Bob Marley que testificam tudo o que foi escrito acima:- "Catch a Fire" - The Life of Bob Marley, escrito por Timothy White.- "No Woman, No Cry" - My Life With Bob Marley, escrito por Rita Marley.

26 outubro 2010

Entrevista Com Sammis Reachers: "Fui Resgatado do Ateísmo"


Sammis Reachers mora em São Gonçalo-RJ. É blogueiro, poeta, pesquisador, autor de Uma Abertura na Noite e Blindagem Azul, com participação na organização de algumas publicações cristãs.

Uma entrevista imperdível. Invista alguns minutos na leitura Deus vai falar ao seu coração.

- Que tipo de experiência te fez mudar do ateísmo para o cristianismo?
Para explicar isso preciso contar meu testemunho, e pode até escandalizar alguns, mas é a verdade, é sobre como fui resgatado. Quando criança eu tinha minha pequena fé.
Meu pai, católico praticante, estava então se libertando do alcoolismo – e do catolicismo também -, freqüentando uma igreja evangélica.
Ele sempre assistia aos tele-evangelistas (que muitos crêem que não deveriam existir), no que eu o acompanhava.
Tinha uns sete anos e lembro que lia e relia um exemplar do Novo Testamento (O Mais Importante é o Amor).
Praticamente aprendi a ler ali. Só lia até Atos, pois de Romanos para lá (a parte mais ‘teológica’) eu não entendia mais nada, e então voltava a Mateus... Depois passei a devorar enciclopédias e, enquanto ia crescendo, sempre ávido por conhecimento e mergulhando cada vez mais nas leituras, fui perdendo minha fé, me tornando um jovem amargurado e desiludido.
Cortesia de defuntos como Nietzsche, Schopenhauer, Sartre e ampla companhia.
Revolta, depressão e literatura: a trinca infernal que me guiava.

Minha maior angústia, que eu relutava em admitir para mim mesmo, era perceber que filósofo algum, poeta, pensador, e mesmo texto sagrado de qualquer religião/cultura me oferecia a resposta que eu buscava.
Era duro perceber, era desolador: estávamos todos presos num labirinto, e NINGUÉM CONHECIA A SAÍDA.
Então me aferrava ao existencialismo de Sartre e a concepções sócio-políticas anarquistas, ao ‘não há sentido’, ao ‘construa seu sentido’, mas isso era só mais uma faceta, uma máscara do Vazio que me parecia preencher tudo o que era humano.
Depois que comecei a escrever poesia e a ser publicado em alguns lugares, tudo piorou.


Com 24 anos comecei a namorar uma menina, que após um mês de namoro se converteu ao Evangelho. Continuamos com o relacionamento, nos casamos.
Um perfeito jugo desigual.
Para mim, parecia muito bom, pois ela, por ser crente, se mantinha ‘comportada’, e não questionava minha forma de pensar; nem se punha a pregar para mim.
Aqui abro um parêntese: meu melhor amigo se converteu também. Amigo até os ossos, desde a infância, à maneira clássica de Davi e Jonas, e que eu sabia que jamais mentiria para mim.

Pois bem, ele começou a chegar a minha casa e contar as maravilhas que Deus estava fazendo em e através de sua vida, maravilhas sobrenaturais até, como visões, arrebatamentos, orações de cura e muito mais. Aquilo me incomodava, incomodava profundamente: qualquer um me contando aquilo, eu taxaria de simples louco e fabulador. QUALQUER UM.
Mas Deus escolheu aquele homem em quem eu mais confiava, mais até que em meu próprio pai... aquilo foi se prolongando, e eu contemplando a mudança radical naquela vida.
Cheguei a pedir para ele que, se fosse para vir a minha casa falar de Deus, que não voltasse!
Pois minhas duras ‘certezas’ já se iam abalando. Eu não estava conseguindo assimilar tudo aquilo.

Muitos não crêem na contemporaneidade dos dons do Espírito, mas nós assembleianos cremos que eles são reais. Pois bem, eu levava uma vida de dissolução, entregue a muitos adultérios... minha esposa nada sabia, e perseverava em sua caminhada.
Até que um dia o Senhor revelou o que eu fazia, e com detalhes que só eu conhecia.
Ela me confrontou, eu fiquei desnorteado (aquela história de só dar valor a algo quando se perde).
Eu já me debatia entre crer e não crer na existência de Deus (que se me manifestava através dos testemunhos de vida dela e de meu amigo).
Contei a ela então a exata metade do que eu havia feito. Pois ela foi para a igreja no mesmo dia e lá o Senhor revelou claramente que eu só havia contado a metade, e ainda detalhes sobre o pior dos envolvimentos, que eu havia omitido.

Bem, o resto foram lágrimas, dor, quebrantamento, conversão. E perdão. Um processo longo e bem doloroso, cujos frutos amargos eu colhi e ainda colho, passados tantos anos.
Deus não se deixa escarnecer, o que o homem planta invariavelmente colhe.
Então as muitas escamas de repente caíram de meus olhos, e eu, desta vez com os olhos do Espírito, pude abrir as Escrituras e ENTENDER (antes eu procedia à maneira clássica dos ateus, lendo o Antigo Testamento em busca de contradições).

Um testemunho estranho, mas não tenho vergonha de contá-lo, pois pode ajudar a alguém. Pela misericórdia já usei meu testemunho para ajudar muitos homens entregues ao adultério, ou com casamentos já desfeitos. E ainda uso.

Mas que não sirva de exemplo para ninguém entrar num jugo desigual. Saia fora disso! Palavras bonitas não poderiam talvez me converter, eu que conhecia do Bhagavad Gita a Holderlïn,e, poeta, sabia o quanto as palavras podem facilmente se prostituir (mentir).

Fui convertido por sinais e pela dor. Felizes aqueles que se convertem por ouvir a Palavra e por amor, que não carecem de ‘ver para crer’!
O sentido para a Vida, o sentido de tudo o que existe, que eu buscava em centenas de livros, estava na minha cara, e se me manifestou. E estranhamente me aceitou, eu, um inimigo declarado e atuante, blasfemo até o limite do impublicável, que detestava os crentes e sonhava em demolir igrejas. Coisa de enlouquecer qualquer um!

- Família em sua vida.
A família é a base da sociedade, e isso já diz tudo, é uma verdade axiomática, inescapável. Andar sem ter base é bem difícil. É voar com uma asa só... Dou muito valor à minha família, e sei o quanto este é o alvo principal de Satanás para destruir ou frear nossa caminhada. Já passei por algumas ‘Stalingrados’, e muitas vezes operei no Piloto Automático (Espírito Santo puro), pois de mim já não tinha força alguma para suportar certas lutas. Mas a Rocha nunca me desamparou, e sempre me deu a vitória.

- Qual seu maior medo (se é que tem)
Não tenho muitos medos... um grande medo que tinha, já se realizou, e sobrevivi, logo não sobrou muito para temer. Glória a Deus por isso! As palavras medo e cristão não deveriam estar juntas numa mesma frase, embora sejamos pó.

- E maior alegria?
Ter conhecido Jesus foi minha maior alegria. Além da graça de obter a salvação e tudo o mais, antes eu não sabia o que era o Amor (Ágape), embora sempre possuísse clara percepção do Mal. E mesmo sem compreendê-lo, conhecer o Amor de Deus (o Bem Supremo) é maravilhoso, como que entorpecente... Daí o ‘embriagai-vos com o Espírito Santo’!

- Jesus.
Tudo, o Início e o Fim, o Caminho, a Ponte, a Porta, a única causa pela qual viver e morrer.

Por:Wilma Rejane./ atendanarocha.blogspot.com