08 abril 2009


Em tempos de crise, também é preciso investir
Um levantamento da consultoria Accenture feito com 850 companhias americanas mostrou que as empresas que cresceram mais que 5% durante a última recessão fizeram cortes sem deixar de investir em áreas como desenvolvimento de novos produtos e aquisição de concorrentes.
Para Aldemir Drumond, coordenador do núcleo de gestão empresarial da Fundação Dom Cabral, saber investir agora é tão vital quanto reduzir despesas. “Em geral, as empresas perdem tempo demais pensando no que cortar e acabam sem tempo de distinguir o que não pode parar sob o risco de comprometer o futuro”, diz.
O grupo Pão de Açúcar, por exemplo, decidiu trabalhar com três cenários para 2009. Na pior das hipóteses, os investimentos do grupo serão de cerca de R$ 500 milhões. Na melhor delas, chegarão a R$ 1,2 bilhão.

Dois tipos de pobres, dois tipos de ricos

A sociedade costuma fazer distinção entre os pobres que merecem melhor sorte — os doentes ou incapacitados — e aqueles que não são dignos de uma vida melhor — os preguiçosos. Com a crise, uma distinção semelhante vem sendo feita em relação aos ricos.
As pessoas parecem não se importar com o enriquecimento das estrelas dos esportes ou do mundo do entretenimento. Elas também veem com respeito os empresários que construíram seus próprios negócios. Mas os banqueiros e outros financistas não costumam gozar da mesma simpatia. Basta observar a revolta com os bônus e altos salários pagos aos executivos do setor.
A Economist considera que a origem disso está no fato de que a população em geral não percebe facilmente como todos podem se beneficiar da gestão eficiente do capital ou do aumento da liquidez dos mercados financeiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário