12 maio 2009

"ANJOS E DEMÔNIOS", CHEGA SEXTA-FEIRA AOS CINEMAS BRASILEIROS

A nova empreitada do professor-herói Robert Langdon, principal personagem do escritor Dan Brown, nem chegou aos cinemas, mas já é pivô de muita polêmica. "Anjos e demônios", dirigido por Ron Howard e estrelado por Tom Hanks, virou alvo do Vaticano, que orientou os católicos a boicotar o filme. Talvez mais pela repercussão do anterior "O Código Da Vinci", que tratou de uma possível relação carnal entre Jesus Cristo e Maria Madalena, do que pelo filme atual. O fato é que, nem durante as filmagens, boa parte delas em Roma, a Igreja deu trégua.

- Foi uma intervenção indireta. Não pudemos filmar em alguns lugares de Roma, por exemplo, onde o Vaticano não tem influência oficial. Eles estão falando mal, mas não quiseram ver o filme até agora. Nós os convidamos - afirma Howard.

O filme chega ao Brasil na sexta-feira e tem no elenco, além de Hanks, o escocês Ewan McGregor ("Moulin Rouge", "Star Wars"), a israelense Ayelet Zurer ("Munique") e o italiano Pierfrancesco Favino ("Crônicas de Nárnia). A produção é considerada uma continuação de "Código", mas o livro "Anjos e demônios" foi escrito antes do best-seller.

- "Anjos e demônios" é mais ágil, voltado para a diversão. Não tínhamos tempo para contar a história com tantos detalhes - diz Hanks, que, pela primeira vez, aceitou interpretar uma mesma personagem duas vezes.

No filme, Langdon é chamado para salvar o Vaticano de uma ameaça de bomba - na realidade, uma amostra de antimatéria desenvolvida em laboratório - feita por um grupo antigo, os "Iluminados". Ele existiria desde 1500, formado por grandes cientistas e pensadores, como Bernini e Galileu, perseguidos pelos religiosos por seus trabalhos. O grupo rapta quatro dos principais cardeais da Igreja no momento da escolha do novo Papa. Mais: avisa que matará um líder católico a cada hora.
Dentro desse cenário, "Anjos e demônios" lembra os filmes de ação, em que o herói tem pouco tempo para salvar a mocinha, com cenas de luta e perseguição de carros. Bem diferente de "O Código Da Vinci", que se propôs a explicar em detalhes os mistérios e sinais da trama, desagradando a público e crítica. Agora, Howard dá apenas uma pincelada nos fatos.
Globo

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