27 agosto 2009
Candidatura de Marina Silva divide militantes do movimento LBGT nacional
A pré-candidatura da senadora Marina Silva ao Governo Federal nas próximas eleições pode dividir opiniões entre os ativistas mais importantes do movimento LGBT brasileiro.
Parte da militância é tradicionalmente apoiadora do PT e seus políticos. Esse apoio tem fundo ideológico mas também pragmático: a maior bancada de deputados signatários da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT são do PT e de outros partidos tradicionalmente ligados à esquerda. Marina foi convidada mas nunca assinou sua entrada na Frente Parlamentar LGBT. E sua trajetória pessoal conta com um aparente agravante para esta comunidade: Marina é evangélica.
Posição clara
O histórico da senadora não é muito animador para a comunidade homossexual.
Segundo Toni Reis, Marina "foi pressionada para se pronunciar contra o PLC 122 e adoção de crianças por casais homoafetivos e não se pronunciou nem contra e nem a favor".
Essa neutralidade preocupa, já que Lula e José Serra já se manifestaram completamente favoráveis à lei que criminaliza a homofobia, em trâmite no Congresso. Marina não. Lula e Serra também já declararam apoio à união civil gay.
Até Kassab, outro político de direita em ascensão, declarou seu apoio a essas leis. Marina não o fez. Toni e Julian concordam, contudo, em abrir diálogo com Marina. "Vejo que Marina Silva é a demonstração de que o diálogo e o respeito entre o movimento LGBT e uma determinada parcela da população evangélica é possível e pode ser salutar", segundo análise de Toni, presidente da ABGLT. "Defendo que o movimento LGBT dialogue com ela e com todas as outras candidaturas, cobrando um avanço na nossa pauta no próximo governo", defende Julian.
Mix Brasil/NC
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