"Deus pode curar um câncer, fazer um paralítico andar [...] Mas Deus não pode curar um homossexual?", questiona ex-travesti
"Ali ele me violentou pela primeira vez. Eu sofri muito e comecei a chorar. Ele viu que eu estava chorando, começou a me acariciar e me deu algumas balinhas e um trocado. Ele disse que aquilo era normal", afirmou Joide Miranda ao relembrar um dos motivos pelos quais afirma ter se envolvido com o homossexualismo e com a prática sexual como um "negócio lucrativo".
Sem o amor do pai, o qual era alcoólatra e extremamente violento, Joide passou a ter aversão ao próprio corpo e, aconselhado por travestis, passou a desejar uma transformação extravagante.
"Eu me olhava no espelho e não queria mais ser eu. Eu comecei a repudiar a minha imagem de homem. Foi ainda muito jovem que eu comecei a tomar hormônio anticoncepcional e começaram a aparecer os peitos. Deixei o cabelo crescer e fui mudando a minha aparência".
Ele também atribui a pactos espirituais que fez na infância o desejo de ter um corpo feminino. "Como eu estava cego e os meus familiares também, sutilmente o diabo foi transformando a minha imagem até que eu me tornei um travesti".
O sucesso entre os "clientes", estimulado pela incansável competição entre os colegas de trabalho, incentivou Joide a sonhar em mudar-se para Paris.
Durante sua estadia na Itália, um dentre muitos países pelos quais passou, Joide sensibilizou-se com um telefonema. "Minha mãe me disse que tinha conhecido Jesus e que agora era crente. Antes de desligar ela disse: Meu filho, Jesus te ama. Aquela frase ficou no meu coração".
Após a insistência da mãe para que fosse à igreja com ela, Joide foi surpreendido durante o culto.
"O pastor começou a pregar e Deus foi revelando a minha vida, fiquei meio chateado com minha mãe achando que ela tinha contado sobre mim para aquele pastor. Logo depois da pregação a irmã do louvor começou a cantar e eu já estava muito quebrantado".
"O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2 Coríntios 4:4)".
Foi baseado nessa passagem das Escrituras que o ex-travesti Joide falou, em entrevista exclusiva ao Guia-me, sobre a situação espiritual na qual encontram-se muitos jovens entregues ao próprio desejo, definido na Bíblia como contrário à natureza.
"Na medida em que eu me aproximava de Jesus e conhecia a Bíblia, orando, jejuando, renunciando a vida velha, Deus foi transformando a minha vida. Tudo dependia da minha intimidade com Ele".
Hoje Joide já está casado há 10 anos com Edna Miranda e atua como missionário, testemunhando em igrejas por todo o Brasil aquilo que Deus fez em sua vida. "Deus não pode curar um homossexual? Por quê? O poder dele foi limitado? De forma alguma".
Guia-me: Quem era o abusador?
Joide: O senhor que me violentou era um advogado que morava em frente a minha casa.
Um dia ele me colocou no carro e saímos.
Quando eu reparei estávamos num motel. Eu nem sabia o que era um motel, pois era uma criança de seis anos.
Ali ele me violentou pela primeira vez. Eu sofri muito e comecei a chorar. Ele viu que eu estava chorando, começou a me acariciar e me deu algumas balinhas e um trocado.
Ele disse que aquilo era normal. Como eu era simplesmente uma criança, achei que aquilo era normal.
Quando eu cheguei na minha casa, ainda chorando, quis compartilhar com o meu pai o que tinha acontecido, mas ele estava bêbado.
Como compartilhar com o meu pai o que eu tinha sofrido, se eu não tinha um pai dentro de casa? Se eu não tinha um amigo, um companheiro, um conselheiro?
A Bíblia diz em Provérbios 22:6 que os pais devem ensinar os filhos o caminho que eles devem andar. O meu pai não me ensinou esse caminho, muito pelo contrário.
O meu pai me ensinou um caminho de violência, era um homem agressivo, alcoólatra. Hoje, olhando para o mundo espiritual, eu entendo que com seis anos de idade o demônio do homossexualismo tomou posse da minha vida. Porque ninguém nasce homossexual.
Nós nascemos com uma natureza pecaminosa, mas se formos olhar o nosso histórico familiar, 90% dos casos estão no histórico familiar.
Um pai possessivo, agressivo, ausente ou até mesmo um abuso. Daí então passamos a ter aversão ou ao homem ou à mulher. Mas sempre está relacionado com a família.
Guia-me: O abusou sexual continuou depois dessa primeira vez?
Joide: Ele continuou por mais alguns anos. Como ele era advogado, eu ía na casa dele e ele me colocava na mesa onde tinha os papéis. Ele começava a brincar comigo e me colocava no colo. Como eu não tinha o amor do meu pai dentro de casa, ele começou a me dar carinho e amor. Aquilo começou a despertar o meu interesse.
Hoje eu entendo que aquilo foi uma legalidade que o demônio encontrou para entrar na minha vida e então eu desenvolvi a minha homossexualidade.
Guia-me: E como terminou?
Joide: Na verdade eu fui crescendo e com sete, oito anos de idade, começou a prática com outros meninos. Aí eu já não queria mais. Não ía mais na casa dele.
Ele me chamava e eu já não ía mais.
Guia-me: Você chegou falar sobre isso com os seus pais?
Joide: Nunca compartilhei isso com os meus pais.
Foi um trauma que eu carreguei na minha vida por muitos anos. Eu só fui curado depois que aceitei Jesus.
Eu passei por um processo de libertação e Deus me libertou do homossexualismo.
Eu comecei a entender a Palavra e descobri que ninguém nasce homossexual. E que a homossexualidade realmente é um pecado como qualquer outro. Como a mentira, adultério,roubo.
Inclusive, em Timóteo 1:10, Deus coloca o pecado do homossexualismo como um pecado hediondo, até mesmo como o pecado dos seqüestradores e como assassinato de pai e mãe.
Diante de Deus é um pecado gravíssimo e nós precisamos entender que aqueles que estão nessa vida precisam nada mais do que libertação.
E Jesus veio para libertar. Eu louvo a Deus hoje porque passei por essa libertação em Cristo Jesus.
Guia-me: E durante a adolescência, quais foram os reflexos desse abuso?
Joide: A causa de ter me tornado homossexual foi esse estupro quando eu tinha seis anos.
Na minha adolescência eu tive experiências com outros meninos.Com 12 para 13 anos eu comecei a observar que os travestis ganhavam dinheiro e eu desejei tornar-me um.
Na verdade, eu não tive uma adolescência ou uma pré-adolescência.
Com 12 anos eu já comecei a me tornar um travesti.
Fui para o Rio de Janeiro, fiquei lá um tempo e voltei para São Paulo.
Em São Paulo, morei na Brigadeiro Luís Antônio, perto da Paulista, numa casa de cafetina onde viviam mais ou menos 40 travestis. Eu comecei a freqüentar a boca do lixo naquela época, a Dr. Vola Nova, Marquês de Itu. Depois de quatro anos que estava em São Paulo, arrumei dinheiro, pois comecei a roubar e usava muitas drogas.
Coloquei silicone nos quadris e fui embora para a França.
Então, quer dizer, eu não tive adolescência ou pré-adolescência.
Eu não tive nada disso. Quando eu dei por mim já estava totalmente envolvido nessa vida.
Guia-me: Você acreditava que era uma mulher num corpo de homem?
Joide: Isso não existe. Aliás, todos os travestis são ativos.
Isso porque 90% dos clientes querem travestis ativos. Na verdade, é por isso que muitos ficam pirados quando trocam de sexo.
Eles passam simplesmente a ser uma máquina de fazer dinheiro.
E quase todos os clientes que se envolvem com os travestis são homens casados.
Os travestis sentem-se como uma mulher, mas a mente deles é de homem mesmo.
Espiritualmente falando, em 2 Coríntios 4:4, "o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que não penetrasse a luz do Evangelho".
Eles estão cegos naquele mundo em que estão vivendo, como eu também era cego - eu achava que era uma mulher, mas eu jamais quis ser um homem.
Eu tinha a certeza de que se eu não ficasse ereto, eu não ganharia dinheiro.
Eu precisava ganhar dinheiro, entendeu?
Eles sempre pensam como homem.
Eles querem ter o corpo de mulher, mas na verdade, quem são os homens na cama são eles.
Guia-me: E você acredita que é possível superar essa contradição?
Joide: Com certeza. A Bíblia diz em Romanos 12. "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente".
Quem pode mudar a mente do homem é só quem o criou. E quem cria o ser humano é Deus.
A Bíblia diz que quando aceitamos Jesus, o Espírito de Deus passa a habitar em nossas vidas. Jeremias 31:19 diz que "na verdade, depois que me converti, bati na minha coxa, fiquei confuso e envergonhei-me porque suportei o opróbrio da minha mocidade".
O homem só se conhece quando ele se converte, porque o Espírito de Deus passa a habitar dentro dele e então ele passa a ter consciência do pecado.
Até então, nós éramos mortos como diz em Efésios 2. Estávamos mortos nos nossos delitos e pecados. Agora, quando Deus nos vivifica, aí passamos a ter consciência do pecado.
Deus trabalha na nossa mente, nas nossas emoções e vai tirando toda a sujeira de dentro de nós. Aí realmente passamos a ter a mente de Cristo.
Guia-me: Como nova criatura em Jesus você conseguiu perdoar o advogado e até mesmo seu pai?
Joide: Com certeza. Eu descobri que não só esse advogado, mas todos os pedófilos que hoje existem e que estão mortos nos seus delitos e pecados, são pessoas extremamente usadas pelo inimigo no mundo espiritual e que nós temos que ter compaixão e orar pela vida deles.
Em relação ao meu pai, eu descobri que ele não teve uma infância muito boa.
Ele não teve um pai presente, amigo.
Ele não aprendeu o que é amor. Ele não conhecia o amor de Jesus.
Mas quando eu fui para uma casa de recuperação em 1995, eu descobri que o meu pai era carente de amor.
Deus colocou um amor no meu coração pelo meu pai. Eu perdoei o meu pai. Hoje já faz 12 anos que ele faleceu e está com Cristo.
Nós realmente fomos amigos e eu consegui perdoá-lo. Aí então pudemos gozar um tempo ainda como verdadeiramente pai e filho.
Guia-me: O que você diria para quem sofre das marcas deixadas por um abuso sexual?
Joide: Eu diria para realmente buscar a cura em Deus.
Não existem psicólogos que podem trazer a cura. Eles podem ajudar e orientar.
Mas sem a palavra de Deus, sem a intervenção do Espírito Santo de Deus, não há cura.
Através da unção de Deus, buscar a Deus.
Chorar, pedir para que realmente Deus venha curar esse trauma.
A Bíblia diz que tudo que pedires em oração, crendo, recebereis.
Uma coisa que eu sempre digo aonde Deus tem nos mandado é que as igrejas estão limitando o poder de Deus. Deus pode curar um câncer, fazer um paralítico andar e um cego enxergar.
Mas Deus não pode curar um homossexual? Por quê? O poder dele foi limitado? De forma alguma.
É interessante que João 15:16 diz que "não foram vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi". Jesus escolhe a todos, mas nem todos querem vir para ele. Todos aqueles que se entregarem a ele, com certeza ele vai curar, libertar. Eu sou prova viva disso.
Jesus não agiu comigo como se fosse uma fada madrinha.
Ele não chegou com uma varinha de condão e "plin".
Eu quis uma mudança. Eu me esforcei para mudar. Eu neguei a minha carne. Eu crucifiquei a minha carne em Cristo Jesus.
Hoje eu sou uma nova criatura, um missionário e um homem casado há 10 anos com uma esposa linda, maravilhosa, porque eu sou apaixonado pela minha esposa que me acompanha por esse Brasil todo, falando aquilo que Deus pode fazer na vida de um homem quando ele decide realmente ter uma mudança de vida.
Eu posso dizer que Jesus pode. Só basta abrirmos o nosso coração para Ele.
Guia-me: Após passar por tantas cirurgias, o seu corpo ficou com várias marcas. Como é para você hoje olhar-se no espelho e deparar-se com essas marcas do passado?
Joide: Hoje as marcas que ficaram em meu corpo das diversas cirurgias submetidas para retiradas dos silicones não têm nenhuma importância em minha vida, pois Jesus cura, transforma, liberta, mas as marcas do pecado ficam para que o amor de Deus torne-se muito maior em nossas vidas, para estarmos sempre lembrando de onde Deus nos tirou, pois assim também foi com Jesus, mesmo depois do corpo glorificado, os furos nas mãos não desapareceram.
Guia-me: Você já está casado faz 10 anos. A sua mulher sofreu muitas críticas por ter se casado com alguém que teve um passado como o seu?
Joide: Sim, ela sofreu muitos preconceitos, principalmente antes do casamento.
Ela recebeu muitas críticas até mesmo de pessoas de dentro da igreja, muitos diziam que ela estava louca, mas em nenhum momento a vi abatida, pois ela sempre teve convicção de que eu era o varão de Deus escolhido para estar junto dela.
Maior do que as críticas é o amor, que tudo crê, tudo espera e tudo suporta.
A Edna é uma mulher especial escolhida no meio de milhares para ser minha amada, sou completamente apaixonado por ela. Ela me completa.
Depois que a conheci, descobri a verdadeira felicidade.
Encontro com Jesus
Ainda quando estava morando na Itália, minha mãe se converteu e começou a orar incessantemente pela minha conversão.
Um dia estava eu e alguns travesti usando drogas no apartamento que morava na Itália, ela me ligou e disse que tinha conhecido Jesus e que agora ela era crente.
Antes de desligar ela disse: "Meu filho, Jesus te ama". Aquela palavra ficou no meu coração.
Eu disse àqueles amigos: "Minha mãe virou crente".
Todos eles começaram a rir, dizendo: "Com qual dos vestidos você vai à Igreja?". Quando fui dormir aquela frase ficou martelando no meu coração:"Jesus te ama".
Um dia, vim ao Brasil visitar minha família com o propósito de ficar um mês, mas não agüentei a insistência de minha mãe convidando-me para ir à igreja e falando de Bíblia, de Jesus, voltei para Itália em 15 dias.
Para minha surpresa, tive uma decepção amorosa com a pessoa que eu tinha um caso há seis anos, voltei então na mesma semana para o Brasil e ao chegar com aquela ira, decepção, rasguei toda a minha documentação.
Resolvi então morar em Cuiabá, montei uma loja e comecei a ter uma vida aparentemente "normal".
Minha mãe nunca desistia de me convidar para ir à igreja e um certo dia, no ano de 1991, quando estava muito angustiado, resolvi agradá-la. Fui à igreja.
Ao chegar na porta, apaguei o baseado (eu era viciado), passei um perfume na mão, coloquei um halls na boca, pinguei um colírio Moura Brasil nos olhos e entrei.
O pastor começou a pregar e Deus foi revelando minha vida.
Fiquei meio chateado com a minha mãe, achando que ela tinha contado minha vida para aquele pastor.
Logo depois da pregação a irmã do louvor começou a cantar e eu já estava muito quebrantado.
Quando o pastor começou a fazer o apelo, algo como um fogo entrou no meu coração.
Eu me levantei e fui à frente aceitar Jesus como meu único Senhor, que poderia preencher a solidão na qual eu vivia.
A partir daí foi um processo.
Na medida em que eu ía, aproximava-me de Jesus, conhecendo a Bíblia, orando, jejuando, renunciando a vida velha, Deus foi me transformando.
Tudo dependia da minha intimidade com Ele. Comecei a buscar uma vida de santificação.
Confesso que foi muito, mas muito difícil. Deus foi tão maravilhoso que colocou em meu caminho a Pra. Gisela que me amou como filho e começou a fazer um acompanhamento com trabalhos de libertação comigo.
Um dia, mais ou menos um ano após minha conversão, ela me convidou para ir em Anápolis-GO, em uma igreja onde ela iria pregar e testemunhar na Adhonep.
Durante o culto, ela fez o apelo para que quem quisesse uma libertação fosse ali na frente.
Lá estava eu, ajoelhado, clamando mais uma vez ao Senhor para que me libertasse daquele desejo que tanto me perseguia, então tive a minha primeira experiência sobrenatural, minha primeira visão: Vi uma mulher em minha frente toda vermelha acorrentada.
Na medida em que a Pra. Gisela orava, aquela mulher ia se derretendo, como se fosse uma cera que caía em um bueiro, quando aquela cera acabou de cair naquele bueiro, vi uma luz muito forte saindo daquele buraco.
Naquele dia tive a convicção de que Deus tinha me libertado do homossexualismo.
Comecei então a lutar mais ainda, contra meus trejeitos que eram fortes, minha voz fina, e tudo que me fazia mal, então Deus foi transformando minha mente, minha alma e o meu coração.
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