02 novembro 2009

Dia de Finados: Uma Grande Farsa


O dia de finados teve origem entre os clérigos romanos no inicio da paganização do cristianismo, institucionalizada na Igreja Católica Romana.

Antes mesmo de o dia de finados ser criado, o culto aos mortos já existia no mundo pagão, e quando começou a ser praticado - inicialmente de forma sutil e depois mais abertamente - pela Igreja Católica Romana, sofreu a critica de um pequeno grupo de cristãos da época, centrados no ensino da palavra de Deus, e que foram rechaçados pelos lideres de Roma. Posteriormente, essa pratica herética só aumentou.

Na época carolingia, que compreende os seculos IX e X dC, surgiu o registro dos vivos e mortos a serem lembrados nas missas, como ocorre ainda hoje em toda Igreja Católica Romana, tomando o lugar dos antigos dípticos, tabuinhas de cera onde figurava os nomes dos doadores de oferendas.
Esses registros eram chamados libri vitae (livros da vida) e incluíam os vivos e os mortos. Não muito tempo depois de criados esses registros, os mortos foram separados dos vivos nessas listas.

Os libri memoralis, como eram conhecidos, na época carolingia continham de 15 mil a 40 mil nomes a serem lembrados. As necrologias da Abadia de Cluny na França, faziam menção a 40 ou 50 nomes de defuntos por dia.
No 11º seculo, exatamente entre 1024 e 1033 dC, Cluny instituiu a comemoração dos mortos em 2 de novembro, estabelecendo a conexão deste dia com o chamado dia de todos os santos. O dia de todos os santos foi criado pela Igreja Católica Romana em 835 e comemorado no dia 1º de novembro em honra aos mortos, mas foi o abade beneditino Odílio (962-1049dC), de Cluny, que modificou e substituiu o tal dia de finados que seria um dia reservado às orações pelas almas no purgatório.

O dia de finados começou a ser aceito por Roma em 998 dC, juntamente com a celebração do dia de todas as almas, e foi oficializado no inicio do seculo 20. É interessante notar que o dia de todos os santos, de onde tudo começou, foi copiado dos cultos pagãos dos celtas e dos gauleses. A festa dos espíritos era celebrada pelos celtas em 1º de novembro. Nessa data os celtas ofereciam sacrifícios para liberar os espíritos que eram aprisionados por Samhain, o principe das trevas.

O império romano também absorveu o dia de pomona, dos gauleses, transformando as duas festas em uma só.
Posteriormente, a Igreja Católica Romana tomou a data para celebração do dia de todas as almas, absorvendo a crendice dos pagãos. Em 1439, quando Roma bateu o martelo decisivamente pró doutrina do purgatório, o dia de finados foi fortalecido, sendo confirmado definitivamente com o Concilio de Trento, no seculo 16, que inseriu na Bíblia católica romana os livros apócrifos.
É no livro apócrifo de 2 Macabeus que se baseia o culto aos mortos, promovido por Roma todo mês de novembro. Os católicos romanos alegam que Judas realizou sacrifício pelos mortos no livro de Macabeus (2 Macabeus 12.44-45), mas não podemos de forma alguma tomar este livro como sendo parte das Escrituras Sagradas.

O autor de Macabeus, ao final do livro, pede desculpas por algum erro que possa ter cometido. Se fosse um livro inspirado por Deus, o Senhor precisaria pedir perdão por alguma coisa? Veja o que diz o livro de Macabeus: "Finalizei aqui a minha narração. se ela está felizmente concebida e ordenada, era este meu desejo; se ela está imperfeita e mediócre, é que não pude fazer melhor", 2 Macabeus 15.38.

O atual estado dos salvos mortos está claro em Lucas 23.43 e Apocalipse 14.13: é o paraíso.

O estado
dos que morrem sem Jesus também é claro nas Escrituras (Lucas 16.19-31 e Hebreus 9.27). Portanto, orar por quem já morreu é tolice. Não adianta. É antibíblico. O dia de finados não se sustenta, porque ele é uma mera tradição religiosa, nada mais que isso. É uma invenção religiosa, bem explorada pelo comercio e pela Igreja Católica Romana. Uma grande farsa!

Por Pr.José Roberto/ pensar e orar

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