16 dezembro 2009

Britânicos proíbem anúncio de antirrugas com foto retocada


Um anúncio impresso de um creme antirrugas para os olhos teve sua veiculação proibida na Grã-Bretanha depois que mais de 700 pessoas reclamaram que a foto usada foi retocada.

A propaganda para o produto da marca Olay, que apareceu inicialmente em uma revista do país, era estrelada pela ex-modelo britânica Twiggy, de 60 anos, considerada um dos grandes ícones da moda e do estilo dos anos 60.

A multinacional Procter and Gamble, dona da Olay, admitiu que houve "um pequeno retoque" na foto utilizada, e acabou substituindo-a por outra imagem que não tem "trabalho de pós-produção" na área dos olhos da ex-modelo.

A Advertising Standards Authority (ASA), que regulamenta a publicidade na Grã-Bretanha, disse que o anúncio dava uma "impressão enganosa" ao consumidor sobre os efeitos obtidos com o uso do produto.

"Consideramos que a combinação de referências a "um olhar mais jovem", junto com a promessa de "reduzir a aparência de rugas e olheiras" e o retoque da imagem na área dos olhos de Twiggy, daria margem a enganos", afirmou a ASA.

Prática aceitável

Através de um assessor de imprensa, a Procter and Gamble defendeu que é "uma prática aceitável na indústria da publicidade escolher mulheres bonitas como Twiggy para serem suas modelos, e usar cosméticos, maquiagem, cabeleireiro e técnicas de iluminação para mostrá-las em sua melhor forma".

A empresa ainda negou que o anúncio poderia incentivar as mulheres a ter uma percepção negativa sobre seu corpo, e rejeitou alegações de que a propaganda seria "irresponsável socialmente".

As reclamações dos consumidores foram feitas no site de uma campanha lançada pela parlamentar escocesa Jo Swinson, do Partido Liberal-Democrata.

"Especialistas já provaram que o retoque de fotos contribui para uma série de problemas em mulheres e adolescentes, como a depressão e os distúrbios alimentares", afirmou Swinson.

A ex-modelo Twiggy, que estrela outras campanhas de produtos da Olay, não se pronunciou sobre o caso.

Fonte: BBC Brasil

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