28 março 2010

O BAIXO QI DA TRAIÇÃO

Pesquisa associa a infidelidade à baixa inteligência e causa polêmica entre estudiosos que apontam outros motivos para essa atitude que provoca sofrimento e desagregação

Homens que traem são menos inteligentes.
É o que garante um estudo divulgado recentemente por uma das mais respeitadas escolas de economia e ciências políticas do mundo, a London School of Economics.
Para chegar a essa conclusão, foram cruzados dados de duas grandes pesquisas norte-americanas que avaliaram atitudes sociais e quociente de inteligência (QI) de milhares de adolescentes e adultos.

Assim se percebeu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade para uma relação têm QI mais alto.
Outra conclusão da pesquisa é que assumir uma relação de exclusividade é uma novidade na evolução da espécie humana, e que homens inteligentes são mais propensos a adotar novas ideias.

Quanto às mulheres, o estudo mostra que a fidelidade não está ligada ao QI porque elas sempre foram relativamente monogâmicas.

A pesquisa animou mulheres do mundo inteiro, mas grande parte dos especialistas tem outra leitura sobre os resultados: “Os testes de QI foram desenvolvidos para designar uma capacidade de aprendizagem masculina e são mais ligados a um raciocínio matemático.
Hoje sabemos que há vários tipos de inteligência, tanto que algumas pessoas se destacam mais nas áreas humanas e outras nas exatas
”, explica Oswaldo Rodrigues Jr, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade.

“Há também a inteligência emocional, que é diferente das outras. Então é preciso, em primeiro lugar, saber que metodologia foi utilizada nestes testes”, acrescenta.

De qualquer maneira, a traição é um assunto que sempre levanta polêmica e assusta quem ama, por ter o poder de transformar a vida do casal em um verdadeiro pesadelo.

Para a psicóloga Olga Tessari, um passo muito difícil a ser tomado quando a traição é descoberta é tentar entender a própria parcela de culpa.
"O mundo cai e a tendência é que a pessoa traída se vitimize, ache que o outro é um crápula e esqueça que, se a relação não está bem, ela também precisa reavaliar sua conduta.”

Para não ter de passar pelo sofrimento que uma traição pode causar, a dica dos especialistas aos casais é conversar muito e sempre: “Falar ao outro o que o incomoda e também saber ouvir é essencial para um relacionamento saudável”, adverte Olga Tessari.

“Estabeleçam os limites do relacionamento, acertem o que consideram traição. Porque muitas vezes o que um acredita ser traição não é nada demais para o outro”, acrescenta Rodrigues Jr. E ser feliz, perdoando ou dando um basta, é a primeira regra. “É preciso se respeitar acima de tudo”, finaliza Olga.

andrea.dip@folhauniversal.com.br

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