11 maio 2010

Convocado mais uma vez pelo técnico Dunga, Lúcio fala de Deus, família e Copa do Mundo


Em campo, ele é chamado de xerife e tem um ar de guerreiro e durão. Em casa, é o marido dedicado da Dione e o paizão da Vitória, do João Vitor e da Valentina.

Nascido Lucimar Ferreira da Silva, em Planaltina (DF), em 8 de maio de 1978, o zagueiro e capitão da seleção brasileira de futebol, Lúcio, teve o primeiro contato com a bola aos sete anos de idade. O exemplo de raça e determinação vem da mãe, dona Olindina.

Está indo para a terceira Copa do Mundo. Pela seleção brasileira, foi pentacampeão em 2002 e campeão da Copa das Confederações em 2005. Fez história na Alemanha quando atuava pelo Bayern de Munique e, ainda hoje, faz parte das lembranças dos torcedores que aprenderam a admirar o futebol da garra e da determinação.

Atualmente, está no Inter de Milão, na Itália, e disputa a o título da Liga dos Campeões da Europa contra o Bayern de Munique, seu antigo clube, no próximo dia 22, em Madri.

Hoje, mais uma vez, ele foi convocado pelo técnico Dunga para disputar a Copa do Mundo de Futebol na África do Sul, que começa em 11 de junho. Nesta entrevista ao CPAD News, ele fala da comunhão com Deus, da relação com a família e da expectativa para a Copa 2010.

1. Como foi sua infância em Planaltina/DF? Foi uma infância normal, como a maioria dos brasileiros. Venho de uma família humilde, mas fui feliz aí também (sempre nos campos e quadras de futebol !).

2. Qual a participação da dona Olindina? Minha mãe é uma guerreira, nunca fugiu da responsabilidade e sempre lutou muito para nos dar o melhor e nos educou muito bem. Tenho muito orgulho dela.

3. Em que momento percebeu que o futebol fazia parte da sua vida? Desde criança sonhava ,mas não tinha ideia que iria chegar assim tão longe! Quando fui chamado para jogar no time da cidade, o Planaltina, esse sonho ficou mais forte e foi crescendo.

4. Depois do seu encontro com Jesus, qual foi o momento mais marcante na sua vida? A melhor coisa que te aconteceu na minha vida, foi meu casamento. Dione é uma grande companheira.
Ela foi fundamental para minhas conquistas profissionais e pessoais, ou seja, sem ela, não chegaria onde estou. Foi com certeza a melhor coisa que me aconteceu, além dos meus filhos Vitória, João Vítor e Valentina.
Ela me ajuda muito no dia-a-dia e também no meu trabalho, me motiva e procura estar sempre do meu lado. Não sei se estaria aqui mesmo sem ela, mas sou mais feliz com ela do meu lado.

5. Profissionalmente, qual foi o momento mais marcante? A conquista da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira em 2002 realmente impactou minha vida e carreira, pois representou transformação e superação para o grupo.

6. Como você lida com a fama? Eu tento manter meus pés no chão o máximo possível, pois é passageiro, mas o reconhecimento do nosso trabalho, sem dúvida me deixa feliz.

7. Você se tornou um ídolo da torcida alemã por conta dos vários títulos. Qual é a receita de se manter humilde em meio ao sucesso? Para mim a receita é aprender com Deus: Ele nos diz que tudo é passageiro.

8. Quais os desafios e dificuldades que o cristão enfrenta no mundo do futebol? Penso que isso é muito particular. Para mim é manter o equilíbrio em meio a tantas coisas... assédio, fama, dinheiro... Creio que a sabedoria que vem de Deus é fundamental para se alcançar esse equilíbrio.

9. Em campo, você é o capitão, o xerife... Mas, no dia a dia, você é bem tranquilo. Costuma dar conselhos aos outros jogadores? O melhor exemplo é no dia-dia, o que se vê. Então, procuro dar um bom exemplo, ser amigo e claro, se puder ajudar de alguma forma, o farei.

10. Como é ser o capitão da Seleção em ano de Copa? Ano de Copa sempre traz uma ansiedade boa e como capitão isso fica mais forte. Peço a Deus sabedoria e inteligência, pois é a competição mais importante do futebol.

11. Qual a expectativa desse grupo para a Copa da África do Sul? Esta está sendo uma caminhada excelente na Seleção e estou feliz com isso. Sempre muda alguma coisa, só o que não muda é a expectativa sobre o desempenho da Seleção. O estilo do Dunga é sério, de muito trabalho e que procura formar um grupo forte de jogadores. A Seleção hoje tem muita experiência, com vários jogadores que já jogaram uma Copa do Mundo, o que ajuda bastante.

12. Está preparado para levantar a taça da Copa? Acho que o fundamental é nossa Seleção entrar na Copa concentrada e com muita vontade de ganhar. Não penso muito em como vai ser levantar a taça e, se isso acontecer, vai ser espontâneo.

13. Você considera o Brasil favorito? O Brasil tem uma grande tradição, porém com Espanha, Inglaterra, Argentina e França em Copas, sempre surgem surpresas.

14. O que o Brasil deve fazer para ganhar esta Copa? Em primeiro lugar pensar em subir um degrau de cada vez, partida por partida, pois possui um grupo forte e de qualidade.

Mais informações sobre a vida e carreira do zagueiro Lúcio, além de entrevista com o jogador Kaká você encontra na Revista GeraçãoJC (edição nº 77 - julho e agosto).

Por Sandra Freitas/cpadnews.com.br

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