26 agosto 2010

Com Chico e Caetano em campos opostos na eleição, Rita Lee detona todos os candidatos

Eles são amigos, admiram-se mutuamente, até dividiram um programa de televisão, mas em matéria de política Chico e Caetano nunca concordaram. O documentário “Uma Noite em 67”, realizado num momento de grande agitação política, está aí para mostrar como, desde os 20 e poucos anos, eles já pensavam diferente.

Esta semana, mais uma vez, a diferença foi explicitada: Caetano apareceu no programa eleitoral, pedindo votos para Marina Silva (PV): “Preste atenção no que Marina Silva fala na TV e nos jornais. Vamos levar Marina Silva para o segundo turno”, disse, muito sério.

Eleitor histórico do PT, Chico não apareceu na televisão, mas em abril, bem antes do início da campanha eleitoral, declarou seu voto em Dilma Rousseff (PT): “Eu confesso, vou votar na Dilma porque é a candidata do Lula e eu gosto do Lula. Mas, a Dilma ou o Serra, não haveria muita diferença”, disse em entrevista à revista “Brazuka”, editada na França.

Filiado ao PV e ex-ministro do governo Lula, Gilberto Gil é outro músico daquela “Noite em 67” cujo voto é conhecido. Em maio, numa pré-convenção do partido, ele declarou apoio a Marina e a diferentes candidatos verdes a governos estaduais. Sua aparição na propaganda eleitoral já foi anunciada, mas ainda não ocorreu.

Uma quarta personagem que participou do festival da Record em 1967, a cantora Rita Lee, veio a público nesta quinta-feira declarar seu voto, ou melhor, seu “não-voto” nestas eleições. No Twitter, Rita falou mal de Dilma, Serra, Marina e, até, de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).

Todos os candidatos a incomodam, escreveu, porque são cercados por diferentes “corjas”. No caso de Dilma, José Dirceu, “o Darth Vader do Sítio do Pica-pau Amarelo”. Serra, por causa de Orestes Quércia, “o conde Drácula de Campinas”. Marina, em função de “sua igreja, o cristianismo pré histórico”. E Plínio, em razão de Stálin, “o ditador do MST”.

Rita Lee reproduziu a crítica de um leitor, que escreveu: “O que mais incomoda em você é a corja de traficante, bandido e ladrão que você sustentava com seu vício”. Mas acrescentou: “por que no te calas?”.

uol/via pavarini

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