06 setembro 2010

Menina mantida em cativeiro por 8 anos relata drama - Natascha Kampusch apanhava de sequestrador 200 vezes por semana

A austríaca Natascha Kampusch relata em 284 páginas violência, abuso e humilhação vividos enquanto foi mantida em cativeiro por oito anos.

Na biografia, ela conta que apanhava de seu sequestrador até 200 vezes por semana, era algemada a ele ao dividirem uma cama e obrigada a trabalhar seminua como uma escrava doméstica.

O livro de memórias se chama 3.096 Tage (3.096 dias, em português) e deve ser lançado nesta quarta-feira.

Trechos da autobiografia começaram a ser publicados nesta segunda-feira pelo diário britânico The Daily Mail. As revelações chegam ao público mais de quatro anos após Natascha ter escapado de seu captor, Wolfgang Priklopil, em agosto de 2006.
Ela foi sequestrada aos 10 anos de idade, enquanto estava a caminho da escola, pelo eletricista, que a manteve em um pequeno cativeiro que tinha construído debaixo da garagem de sua casa em Strasshof, nos arredores de Viena. Hoje, Natascha tem 22 anos.

No livro, a vítima conta que foi levada a repetidas tentativas de suicídio ao ser mantida presa em uma cela de concreto "hermeticamente fechada" e ser obrigada a raspar seu cabelo.
Priklopil a forçava a chamá-lo de "Meu Senhor" ou de "Mestre" - afirmava que ela não era mais Natascha e que pertencia a ele.
Ele acabou cometendo suicídio ao se jogar nas vias de um trem, poucas horas depois da fuga da menina, em 2006.

"Eu agora me sinto suficientemente forte para contar a história de meu sequestro", diz Natascha. Ela revela que Priklopil a tirava da cela para dividir a cama com ela, mas que a mantinha presa com algemas plásticas.
“Quando ele me algemava nessas várias noites, não era para sexo. O homem que havia me batido e me prendido no porão tinha algo diferente em mente: simplesmente queria algo para abraçar", relata.

A história de Natascha Kampusch ganhou grande repercussão em todo o mundo quando ela conseguiu escapar, no dia 23 de agosto de 2006, aos 18 anos. Segundo especulações, a vítima teria recebido 1,2 milhão de euros pela obra.
Veja.com

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