Certa mãe tomou uma decisão: “Meu filho nunca será reprimido. Terá total liberdade para não ser um recalcado e inibido. Fará na vida o que bem entender. Sou contra a repressão”.
Assim sendo, o menino foi crescendo livre, solto, à vontade. Tudo quanto queria era atendido.
E não custou a dar trabalho...
A própria mãe já o chamava de “meu adorável danadinho”.
Os vizinhos o chamavam de “peste”.
O apelido dele no bairro era “monstrengo”.
E quando se reclamavam das diabruras do garoto, a mãe costumava dizer: “Criança é assim mesmo. Não reprimam”.
O garoto cresceu libertino, porque sua mãe lhe dava corda em tudo. Enturmou-se o garoto com a galera do bairro, outros adolescentes livres, da pesada.
E quando a mãe menos suspeitava, foi chamada à polícia: Seu adorável libertino estava preso, comprometido com drogas, roubo à carro e estrupo.
A infeliz mãe chorou lágrimas amargas... soltou demais o seu filho e Arrependida disse: “Hoje entendo porque meus pais me castigavam quando era menina. Filho solto dá no que não presta”. A Bíblia está certa quando diz... (Pv 22.15; 29.15)
Há pouco presenciei uma cena interessantíssima num shopping de minha cidade.
Uma criança ao passar por um quiosque de uma famosa marca de sorvete gritou: - Mãe me dá um picolé? Sem titubear a jovem senhora lhe respondeu: - Não minha filha, você está gripada.
Ao perceber que sua vontade tinha sido frustrada, a garotinha imediatamente começou a espernear dizendo: - Eu quero, eu quero, eu quero!
Vendo o escândalo da menina, a mãe meio sem graça disse para os que estavam no local: - Ela quando quer uma coisa é fogo!
E sem medir as conseqüências do ato, atendeu-lhe o pedido dando-lhe o sorvete.
Saber dizer “não” é um dos aspectos mais importantes na educação de crianças e adolescentes, todavia, o que se percebe é que pais e mães possuem uma enorme dificuldade de frustrar os desejos de seus rebentos.
Uma das conseqüências disso é que ao se transformarem em jovens, tais indivíduos tornam-se impulsivos, incapazes de esperar, procurando a todo o custo a gratificação imediata e a satisfação dos seus desejos.
Não é, pois de estranhar que, diante uma contrariedade imposta por um professor, chefe ou líder, a agressividade surja como uma reação natural.
Caro leitor, fazer a vontade dos filhos mesmo sabendo que isto possa substancialmente lhes prejudicar, contribui significativamente para a construção de um comportamento infantilizado onde sua vontade deve sempre prevalecer. Estipular limites para um filho é prepará-los para conviver com o mundo, e com as frustrações que fazem parte da realidade da vida.
Adonias um dos filhos de Davi trouxe-lhe inúmeros problemas, o que se deveu ao fato de que este nunca fora contrariado por seu pai. Por acaso, você já percebeu que pais que nunca contrariam seus filhos experimentam no futuro vultuosas tempestades?
Pais permissivos, sem que percebam contribuem para a deformação de caráter de seus filhos. Em contrapartida, disciplina e limites quando usados na medida certa corroboram para o amadurecimento bem como crescimento emocional daqueles que tanto amamos.
Pense nisso!
Renato Vargens
Nenhum comentário:
Postar um comentário