13 maio 2009

Quanto mais bens materiais conquistamos, mais queremos conquistar. Parece que não há limites para a nossa insegurança e insatisfação. Valorizamos mais o “ter” do que o “ser”, ou seja, preferimos ter bens, que sermos tranquilos, alegres, coerentes. Esta inversão de valores cultiva a ansiedade e os seus frutos: insegurança, medo, apreensão, irritabilidade, insatisfação, angústia (tensão emocional associada a um aperto no tórax). A insegurança é uma das principais manifestações da ansiedade. Fazemos seguros de vida, da casa, do carro, mas, ainda assim, não resolvemos a nossa insegurança.

Cristo tinha razão: há uma ansiedade inerente ao homem, ligada à construção de pensamentos, influenciada pela carga genética, por fatores psíquicos e sociais. Só não tem essa ansiedade quem está morto. Somos a espécie que possui o maior de todos os espetáculos, o da construção de pensamentos. Todavia, muitas vezes usamos o pensamento contra nós mesmos, para gerar uma vida ansiosa. Os problemas ainda não ocorreram, mas já estamos angustiados por causa deles. O registo de Mateus 6 diz: “Não andeis ansiosos pelo dia de amanhã... Basta ao dia o seu próprio mal.”

(Augusto Jorge Cury; Análise da Inteligência de Cristo; Paulinas; pp. 52,53)

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