21 julho 2009

Avanços na Medicina


Estudos mostram novos métodos para combater e diagnosticar células cancerosas

Avanços na medicina trazem esperanças aos pacientes com câncer. Esta foi a conclusão de duas pesquisas publicadas na edição desta semana da revista científica americana PNAS. O estudo mostrou formas promissoras de aplicar a nanotecnologia, ciência que permite a manipulação de estruturas microscopias, como forma de atacar o câncer.
O primeiro trabalho apresentou uma forma nova e extremamente sensível de diagnóstico de tumores, enquanto o outro revelou um tratamento inovador e, aparentemente, com poucos efeitos colaterais aplicado por enquanto só em camundongos.

A nova forma de diagnóstico está um pouco mais próxima das aplicações clínicas, a julgar pelo artigo de Ralph Weissleder, do Hospital Geral de Massachusetts, e colegas na "PNAS". A nanotecnologia envolve a manipulação de objetos ou materiais na escala nanométrica (equivalente a um metro dividido por um bilhão). No caso, Weissleder e companhia usaram nanopartículas magnéticas que receberam um aditivo especial: a capacidade de aderir a células cancerosas de uma dada amostra (que poderia ser de sangue ou de um órgão operado, por exemplo).

O próximo passo foi aplicar um aparelho de ressonância magnética portátil à amostra. Com isso, em menos de 15 minutos, foi possível detectar a presença das células tumorais, uma velocidade muito superior à disponível para os atuais testes de diagnóstico. O melhor é que o sistema é bastante sensível: apenas duas células de câncer foram suficientes para a detecção com essa abordagem. Isso facilitaria o tratamento precoce da doença.

Nanotubos - Já a equipe liderada por Suzy V. Torti, da Universidade Wake Forest, também nos Estados Unidos, testou o emprego combinado de nanotubos (tubos de dimensão nanométrica) de carbono e radiação em camundongos com uma forma de câncer de rim.

Esses nanotubos conseguem emitir calor quando recebem uma dose de radiação no infravermelho próximo, que não é cancerígena como a radiação gama, por exemplo. Com apenas 30 segundos de radiação, o calor gerado pela combinação foi capaz de destruir os tumores, o que traz esperanças de se usar a abordagem em humanos no futuro.


Diagnóstico precoce evitaria mortes- De acordo com o American Cancer Society, mais da metade das mortes por câncer poderia ser evitada a cada ano com mudanças nos hábitos de vida e medidas de prevenção e tratamento precoce. Os dados, que constatam no relatório do Instituto, mostram que 62% das mortes podem ser evitadas a cada ano.

O mesmo relatório aponta para o fato de que duzentas mil mortes a cada ano são devidas a casos de câncer associados à má nutrição, sedentarismo, obesidade e estilo de vida inadequado. O câncer de mama atingirá mais de 1 milhão de mulheres neste ano, no mundo todo. No Brasil serão 50 mil casos novos neste ano. Se o mesmo câncer de mama for diagnosticado precocemente, pode ser tratado e curado. Seguindo esse raciocínio, o cálculo dos pesquisadores passa a fazer sentido.

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