27 julho 2009

Quando a ansiedade vira doença

A medicina comprova os impactos do problema e mostra que intervir cedo é o melhor caminho
Fora de controle - A psicóloga Mariângela Savoia, coordenadora do Centro de Atenção Integral à Saúde Mental, em São Paulo, diz que os fatores genéticos e ambientais, como a vida em família e na escola, têm papel crucial no aparecimento do distúrbio.
A associação entre eles influencia as facetas que o problema pode assumir. Suas expressões mais comuns são a ansiedade generalizada, as fobias, os ataques de pânico, os transtornos obsessivos-compulsivos e o stress pós-traumático .*

A questão é descobrir em que momento a fronteira da normalidade é cruzada. "Se interfere na habilidade da pessoa em fazer algo que outros na mesma situação conseguem, passa a ser um transtorno", diz a psicóloga.
A Clínica Mayo, nos Estados Unidos, catalogou sinais para definir esses limites. Um deles é a preocupação exagerada e constante, muitas vezes sem um motivo real.
A pessoa se assusta com facilidade, tem dificuldade para se concentrar e irritabilidade, principalmente diante de imprevistos.
Os que enfrentam esse quadro de sintomas muitas vezes não se lembram da última vez em que se sentiram realmente à vontade.

Os ataques de pânico, por sua vez, são intensos a ponto de a pessoa pensar que serão fatais: Palpitações e dores no peito.

Reação alérgica
Outra associação é com as alergias. Pessoas com alto grau de tensão têm reações alérgicas duas vezes mais intensas em comparação com as suas próprias respostas dadas quando não estavam estressadas. "O sintoma é ainda mais forte no dia seguinte", disse a cientista Janice Kiecolt-Glaser, da Universidade Estadual de Ohio.
Quando se deparam com uma situação tensa as urticárias eclodem.

Existe ainda relação com a dor de cabeça.

O primeiro passo para superar a ansiedade é assumir que ela pode estar fora de controle e procurar ajuda.
Quando é moderada ou intensa, o tratamento com remédios é feito por tempo indeterminado porque o problema já se tornou crônico.

De fato, mudanças no estilo de vida, com a introdução de exercícios físicos, proporcionam alívio.
Há situações em que se pode suspender a medicação. Uma delas é ter maior controle das manifestações, o que é obtido com a ajuda da terapia.

Pais superprotetores também é uma grande causa da ansiedade.

Pesquisas mostram que as relações afetivas também possuem potencial protetor.
Há um mês, cientistas da Universidade de Michigan publicaram um estudo afirmando que se sentir emocionalmente próximo de alguém aumenta os níveis de progesterona no sangue.
Esse hormônio está asssociado à redução do stress e da ansiedade.
Estar com os amigos é uma parte importante no tratamento.

Resumo do texto da Revista Época

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