03 agosto 2009

Filme Anticristo surpreende pelas cenas de sexo explícito e mutilação


"É a mão de Deus", diz o diretor Lars Von Trier com um sorriso sarcástico a respeito do longa.

O filme "Anticristo", dirigido por Lars von Trier, entra em cartaz nos cinemas brasileiros no dia 28 de agosto. O suspense sobre amor e loucura, por abusar de cenas de sexo explícito e mutilação, deixou em estado de choque a plateia de críticos de Cannes.


"Anticristo" conta a história de um casal, interpretado por Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, devastado pela morte de seu único filho que se muda para uma cabana isolada na floresta Éden, onde coisas estranhas e obscuras começam a acontecer. Só que aí, no meio do nada, os eventos mais estranhos irão suceder-lhes, até descobrirem que foi o próprio diabo quem criou e que governa o mundo.

A mulher é uma intelectual escritora que não consegue se livrar do sentimento de culpa pela morte do filho, e ele, um psicanalista que tenta exercer sua profissão para ajudar a mulher.

A primeira cena é um close-up em câmera lenta de penetração sexual, que evolui para uma dramática sequência de violência e termina com uma chocante visão de Gainsbourg extirpando seu clitóris com uma tesoura.

"Isso é um pesadelo sobre culpa, sexo e outras coisas", resumiu o diretor, de 53 anos, falando para uma plateia visivelmente chocada e hostil ao seu novo filme, que faz parte da seleção oficial do festival.

Von Trier, que no ano 2000 saiu de Cannes com a Palma de Ouro por "Dançando no Escuro", explicou que o filme foi como uma terapia para ele, depois do colapso nervoso que sofreu dois anos atrás. Para ele, essa obra é a mais importante de sua carreira.

Questionado sobre a razão de ter produzido um trabalho visualmente tão violento, o diretor não pensou duas vezes: "Eu não acho que deva uma explicação a ninguém. Fiz (o filme) para mim mesmo."

"É a mão de Deus", acrescentou, com um sorriso sarcástico. "E eu sou o melhor diretor do mundo!"

O último filme de Von Trier, um dos fundadores do já extinto movimento Dogma, provocou reações diversas na crítica, que oscilam entre o elogio e as acusações de provocação gratuita e pornográfica.

A produtora dinamarquesa Zentropa chegou a fazer uma versão "light" do filme, eliminando as cenas mais fortes, para os mercados de Estados Unidos, Ásia e sul da Europa.

Um comentário:

  1. Adoro filmes assim.
    Também gosto de desenhos animados japoneses com esse teor de violência insana com mutilações psicopatas.

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