10 agosto 2009

"Sexo sem camisinha é bom para a saúde mental"


Professor de universidade escocesa afirma que transar sem proteção pode ter efeito antidepressivo e melhorar o sistema imunológico


As pessoas que fazem sexo sem camisinha têm, em geral, uma saúde mental melhor do que aquelas que se protegem durante a penetração vaginal. Essa é a polêmica conclusão de um estudo liderado pelo professor Stuart Brody, da Universidade do Oeste da Escócia.

Na pesquisa, Brody estudou o comportamento sexual de 99 mulheres e 111 homens de Portugal. Cruzando as respostas dos voluntários sobre o prazer obtido pelo sexo e o tipo de método contraceptivo que usavam, o professor concluiu que o uso de camisinha estava associado a problemas na hora de lidar com o estresse.

Segundo Brody, aqueles que faziam sexo sem preservativo eram capazes de lidar melhor com as situações estressantes, tomando atitudes mais maduras, o que lhes garantia uma melhor saúde mental. "Quanto maior a frequência do uso de camisinha, independente da idade e da natureza do relacionamento, maior o uso de mecanismos imaturos de combate ao estresse", disse o pesquisador.

Brody faz uma crítica às campanhas de saúde que pregam o sexo seguro como forma de prevenir a gravidez e as doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, e foi, por sua vez, criticado por pessoas ligadas à saúde pública.

O argumento de Brody baseia-se na teoria evolucionista: como o objetivo principal de qualquer indivíduo é perpetuar a espécie, transar sem camisinha seria uma vantagem, já que aumenta as chances de reprodução. "A evolução não é politicamente correta", disse Brody. "Entre uma ampla variedade de práticas sexuais, apenas uma delas (a penetração vaginal) está consistentemente associada a uma melhor condição física e mental e é exatamente aquela que será favorecida pelo processo evolutivo".


O artigo de Brody será publicado na revista especializada Archives of Sexual Behaviour. Em carta a ser divulgada na mesma publicação, o pesquisador escocês diz que uma possível explicação para o resultado de sua pesquisa é que a troca de fluidos – impossibilitada pela camisinha – pode ter efeitos no combate à depressão e benefícios para o sistema imunológico.

Redação Época

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