04 setembro 2009

Iris Abravanel fala sobre novelas, família e Silvio Santos


Iris Abravanel, antes conhecida por ser “a esposa de Silvio Santos“, hoje já vem galgando espaço no hall da fama do mundo das telenovelas: sua segunda obra (Vende-se um Véu de Noiva) está no ar.
Doce, discreta e bem-humorada, Iris, de 60 anos, concordou em dar essa entrevista, em que fala sobre novelas, família e, lógico, Silvio Santos, ao Virgula. Confira!

Virgula – De onde veio a sua inspiração para escrever a sua primeira novela, Revelação?
Iris Abravanel - Observando pessoas que chegaram ao poder sem terem domínio sobre seu próprio ego, e sendo controladas pela vaidade excessiva, pude perceber o quanto o poder pode ser destrutivo. O ser humano de um modo geral ainda não aprendeu a lidar com situações em que é colocado acima de seus semelhantes. Confunde liderança com ditadura. Com o poder nas mãos, o homem perde o senso da realidade e muitos chegam até a insanidade destruindo a própria família, como aconteceu com George Castelli, em Revelação.
Virgula – O que achou do resultado de Revelação no ar? Quais foram as principais surpresas?
Iris Abravanel – Fiquei bastante satisfeita. O alvo foi atingido e todos que trabalharam em Revelação colaboraram para darmos o primeiro passo de muitos. Hoje, a teledramaturgia no SBT já está solidificada. Foram muitas as surpresas no decorrer da novela, mas recentemente, o Felipe Cardoso recebeu o prêmio de “ator revelação” por sua atuação como o personagem Maçarico.

Virgula – Em que horário escreve a novela Vende-se um Véu de Noiva? Passa muito tempo dedicada a isso todos os dias?
Iris Abravanel – Tenho uma equipe super afinada que trabalha em minha casa. Vou duas vezes por semana ao SBT para acompanhar as gravações. Nesta segunda novela, já está sendo bem mais fácil. Gosto de trabalhar à noite, mas nem sempre é possível. Me dedico ao trabalho todos os dias, sem deixar de reservar tempo para minha família.

Virgula – Digamos que suas próximas novelas atinjam um índice de popularidade capaz de atiçar a cobiça de outros canais. A senhora se sentiria independente a ponto de trabalhar para outra emissora?
Iris Abravanel – Considero esta uma “pergunta indecente”, do mesmo jeito que consideraria a proposta que me fizessem. Não trabalho por dinheiro. Trabalho para estimular as mulheres a iniciarem uma carreira seja em que idade estiverem, para ajudar a fortalecer a empresa SBT, para gerar mais empregos neste ramo difícil da dramaturgia, para me sentir útil, ativa e mais parceira de meu marido. Não há proposta no mundo que possa comprar a alegria de construirmos juntos um futuro para as próximas gerações de profissionais capacitados em televisão e comunicações.

Virgula – Seu marido, o Silvio Santos, dá palpites nos rumos das tramas?
Iris Abravanel - Foi ele quem deu o nome da novela Revelação. Seus palpites são sempre bem vindos.

Virgula – E a senhora? Também dá palpites na grade de programação do SBT?
Iris Abravanel – Se eu não desse palpite, não seria mulher. Já viu mulher resistir a um palpitezinho? Mas isto não quer dizer que ele aceite.

Virgula – Quando o Silvio falava que “a minha mulher viu esse filme”, era verdade?
Iris Abravanel - Pode me chamar de “você”. Somos colegas. Eu gosto quase tanto quanto ele de assistir a filmes, e quando ele diz que eu já assisti, realmente é verdade. Eu costumo “entrar” no filme. Grito, me assusto, choro, dou risada… Ele se diverte com isso.
Virgula – Como sua família vivencia a religião em casa? Porque sua filha é protestante, o Silvio não…
Iris Abravanel – Religião é um cativeiro para as pessoas. Tudo que se faz “religiosamente” é escravidão. Nós lemos a Bíblia e procuramos aprender valores e condutas para uma vida saudável e com mais esperança. Não faz a mínima diferença meu marido ser ou não evangélico. Cremos num só Deus e acreditamos na palavra D’Ele.

Virgula – Como a senhora vê o escândalo envolvendo a Rede Record?
Iris Abravanel - Uma das coisas que aprendi é não julgar.

Virgula – A senhora acabou de sair na revista Caras, mas não está sempre na mídia… Como consegue se safar dos paparazzi? Como vê a privacidade dos artistas ultimamente?
Iris Abravanel - Procuro ter uma vida o mais normal possível. Talvez, por priorizar minha condição de esposa e mãe, não me considere nenhuma celebridade. Por isso, não sou eu quem me safo dos paparazzi, são eles que não se incomodam comigo. Quanto à privacidade dos artistas, considero triste perder a liberdade. Mas deve ter quem goste. Afinal, a mídia é importante para divulgá-los.

Virgula/NC

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