13 setembro 2009

COISAS DE WÂNIA: MUSICAS DA VIDA


Esta semana passamos por vários momentos musicais marcantes....

Tive uma mocidade rica em cultura e consequentemente rica de sentimentos.

Em família, cantávamos Cartola, Vicente Celestino , Adoniran Barbosa...

Tive oportunidade de ver Toquinho, Vinícius, Miucha e Tom Jobim, Nara Leão....

Assisti também shows de Gal Costa, Caetano, Roberto Carlos, Ivan Lins, Chico Buarque, Grupo MPB-4 , Quarteto em CY, mesclando com a modernidade de Lulu Santos, Cazuza e Ney Matogrosso, Jorge Ben dentre outros.

Criei minhas filhas com qualidade musical. Ouvindo mais de Maysa, João Gilberto, Elis Regina, Djavan, Edu Lobo....

E isso fez a diferença na estrutura de suas vidas.

Questão de cultura, de bom gosto, de inteligência.

A música é a alma do ser humano e o que ele ouve e canta, se identifica, se assemelha.

Infelizmente hoje, nos deparamos com jovens rebeldes ( e não questionadores), viciados (e não boêmios), aparentemente felizes ( vazio interior = incoerência), cantando a alma frustrada, deprimida e com uma pobreza espiritual assustadora.

Não tenho preconceito. Tenho ouvido educado, que insiste em não contaminar pelo que ouve por ai.

É inegável a importância da relação de uma boa música com a educação.

Através de uma banalização ainda maior de seus temas, apareceram outros sons. Muito lixo passou a ser produzido e consumido pela sociedade, pelas famílias.

Li algo de Marcelo Sanches, pesquisador e crítico musical, que traduz esta situação: O que entristece é constatar que a população mais pobre é vítima não apenas da má distribuição de renda, mas também da ganância e da cegueira de empresários que excluem esta população da possibilidade de assimilar uma linguagem cultural mais rica e informativa, como é a música popular brasileira.

E tal ganância encontra terreno fértil numa sociedade que explode em desigualdades. Neste caso, acabamos caindo na obviedade: uma discussão verdadeiramente profunda desta banalização dos valores culturais - como a MPB, por exemplo - nos leva à uma questão bem mais abrangente, que é a precariedade da educação pública no Brasil e o acesso limitado do ensino de qualidade, que privilegia a poucos. Assim sendo, uma produção musical refinada, como tudo que possui bagagem e consistência informativa, permanece mesmo nos limites da elite.

Musica é mais que uma expressão de vida. Na minha opinião vai além da minha espiritualidade... Está no meu sangue, não vivo sem ela. Nela encontro: alegria, paz, motivação, gozo conforto e até satisfação.

Podemos imaginar, então, como estão as almas, emoções e as vidas dos nossos amigos e famílias com o que estão ouvindo e cantando ......???!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário