O que nos resta fazer enquanto vivemos a experiência do sonho não realizado? Essa é a pergunta que devemos responder. Pode ser perfeitamente que o tempo de espera que você está vivendo não seja o tempo da expectativa por algo irrealizável. Bom, esperar por algo irrealizável é uma possibilidade. Podemos estar indevidamente aferrados a algo que já deveríamos ter abandonado.
As vezes é o caso, por exemplo, de uma mulher que viu o marido sair de casa, construir um outro lar, e isto já há muito tempo, e a despeito de todos os sinais de que o marido não vai voltar, continuar nutrindo uma esperança que adoece a alma e estreita a vida, condicionando todas as possíveis opções da sua existência a uma coisa bem improvável.
Pode ser que Deus fale para abandonarmos certas metas e abrirmos mão de certas expectativas.
Na vida de alguns o desejo deve mesmo ser abandonado por se tratar de algo pecaminoso.
Mas, o que fazer quando o sonho é legítimo, compatível com as aspirações de um coração santo e sem evidenciar sinal claro algum por parte da providência divina de que deve ser abandonado?
É possível que em algumas áreas de sua vida você esteja vivendo uma experiência idêntica a de Ana. Há sonhos dos quais você não deve abrir mão. Desejos legítimos, gerados por Deus em seu coração e que não se realizaram ainda não por não representarem a vontade de Deus em definitivo para a sua vida.
Pode ser que esses desejos não tenham representado a vontade de Deus para o seu passado, e, quem sabe, para o seu presente. É igualmente possível que o Espírito Santo esteja imprimindo no seu coração uma certeza de que o “não” temporário de Deus não representa um “nunca”.
Quem sabe ele não está dizendo “espera” ou até mesmo “é chegada a hora”?
Não é fato que podemos almejar aquilo para o que não estamos preparados para receber?
Não é possível que o tempo da espera seja o tempo da maturação?
O que fazer, portanto, enquanto o sonho não nasce?
Extraído do livro: Enquanto o Sonho Não Nasce: Por que Deus Adia a Realização dos Nossos Sonhos?Antonio Carlos CostA/genizah
Nenhum comentário:
Postar um comentário