28 fevereiro 2010

O corcunda não vê sua corcova, mas a do outro

Há pessoas que apontam para os outros, quando não são melhores.
O corcunda não deveria rir-se de outro até que endireitasse sua própria coluna, e nem depois.
Odeio ouvir um corvo chamar um urubu de preto.
Um cego não pode condenar seu irmão por ser estrábico,
e aquele que perdeu as pernas não deveria zombar do aleijado.

A corda sempre rompe na parte mais fraca e quem deveria ser o último a falar é o primeiro a ralhar.
Porcos manchados mancham outros e quem tem muitas faltas sempre encontra faltas nos outros.
Quem melhor pode falar mal dos outros é o que mais age mal.

Nos faz muito mal julgar o próximo, porque nos incha de vaidade, fazendo nosso orgulho crescer sem motivo.
Acusa­mos outros para nos justificarmos.
Somos tolos a ponto de so­nharmos que somos melhores só porque existem outros piores,
e falamos como se pudéssemos subir fazendo outros descerem.

Que proveito há em achar buracos nos casacos dos outros, quando não podemos remendá-los?
Fale das minhas dívidas se estiver dis­posto a pagá-las; do contrário, contenha-se.
As faltas de um ami­go não devem ser manchete, nem as de um estranho devem ser postas a público. Quem zurra para um jumento, é tão burro quan­to ele;
quem faz outro de palhaço é que faz papel de tolo.
Não caia no mau hábito de rir-se dos outros, porque o antigo provérbio diz: "Quem tem telhado de vidro não atira pedras no do vizinho."

C. H. Spurgeon/reflexoes-post

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