30 dezembro 2010

Ano Novo! Novo?

Correndo passa ano, entra ano,
É sempre a mesma mirrada vida.
Mesma luta renhida, mesma lida.
Só sobe outro repetido pano.

É sempre o mesmo velho retrato.
Que se mostra, no repetido palco.
Haverá quem possa tentar salto?
Temos de caminhar, comer do prato?

Talvez, a nossa requentada peça
Tenha, perpetuamente, de ser essa:
Mas seja possível mudar o ator.

Talvez, nessa modorrenta mesmice,
Que já vige, desde a meninice,
A gente possa injetar amor!

Ariovaldo Ramos

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