21 fevereiro 2011

Vai ficar mais difícil para fumante e gordinho


SÃO PAULO - A gestão de custos nas empresas se tornou uma obsessão. Executivos passaram a examinar as despesas de saúde com maior rigor. Gordinhos e fumantes entraram no radar deles.

Há uma estatística com a qual as seguradoras de saúde e previdência trabalham que mostra que 20% dos empregados de uma companhia consomem 80% do orçamento para a saúde.
Nesse grupo dos gastões estão justamente os que fumam e os obesos. Ambos estão mais propensos a desenvolver doenças crônicas, cardíacas e pulmonares.

Por isso, há quem acredite que as empresas vão ficar mais criteriosas no processo de seleção quando depararem com candidatos acima do peso ou fumantes contumazes. É o que diz o presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Alberto Ogata.

“Calcula-se que o Brasil possa chegar aos níveis americanos de obesidade em dez anos e isso trará impactos enormes na produtividade e nos custos com saúde das organizações”, diz.

Em 2009, três em cada dez americanos adultos eram considerados obesos. No Brasil, atualmente, um em cada dez adultos está acima do peso. Algumas empresas já sentem no caixa o alívio trazido pelos investimentos feitos na redução da obesidade e do tabagismo.

A ArcelorMittal Tubarão, no Espírito Santo, por exemplo, economizou 30 milhões de reais com despesas médicas depois de reduzir de 30% para 0,10% o número de fumantes entre os seus 4 900 funcionários, de 1992 a julho deste ano.

"A empresa não deixa de contratar quem fuma, mas no processo de seleção o candidato é avisado que é proibido fumar em qualquer área, mesmo aberta", diz Fernando Ronchi, gerente de medicina e saúde.

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