06 janeiro 2010

A HISTÓRIA DE DOIS AMIGOS

“Era uma dupla, viviam juntos”, conta a mãe de Thiaguinho, dona Luzinete, sobre a amizade do filho com Rafinha. E quando lembra do que os amigos faziam juntos, ri, emociona-se, quase chora de saudade.

Era uma parceria e tanto, Rafinha e Thiaguinho juravam amizade até o fim da vida. E assim foi. O problema é que escolheram o caminho torto. Trocaram cedo as brincadeiras inocentes que os divertiam nos intervalos das aulas do Caic do Comasa por armas e drogas. O destino estava traçado.

Há dois anos, largaram os estudos. Nem a oitava série haviam completado. Achavam que a vida no crime era mais fácil.

Thiaguinho era traficante e sempre tinha algum dinheiro no bolso. Costumava dividir o que ganhava com os amigos: comprava bebidas e lanches para todo mundo. Bastava um olhar atravessado e ele se transformava.

Ele nunca atendeu aos pedidos da mãe para que parasse com o consumo e a venda de drogas. Dona Luzinete estava assustada com as seguidas ameaças de policiais militares. “Eles diziam que entregariam meu filho duro, na porta da minha casa”, conta a mãe.

Na noite de Natal, atirou num rapaz de quem foi amigo durante anos. Só porque era evangélico e, quando se drogava, falava demais em Jesus Cristo.
“Não gosto de evangélico.” Foi assim que justificou o crime para a mãe. “Quando disse isso, perdeu a proteção de Deus”, acredita dona Luzinete.

No Comasa, todos sabiam da fama de Thiaguinho e Rafinha. A polícia também. Por várias vezes, foram apreendidos com drogas.
Às vezes, iam para a delegacia e na mesma noite voltavam para as ruas. Em outras, apanhavam de policiais em matagais próximo ao mangue.

No dia 28, Rafinha e Thiaguinho se encontraram perto das 9 horas. Mesmo depois de passar quase a madrugada inteira acordados, decidiram levantar cedo.
Uma hora depois, foram abordados pela última vez por uma viatura da Polícia Militar.

A Notícias/Notícias Cristãs

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