09 março 2010

Banco Mundial recomenda investir em mulheres jovens

Não é só uma questão de justiça igualar direitos e oportunidades para homens e mulheres no Brasil.
Diversos estudos têm apontado que, quando são direcionados para mulheres, os investimentos em programas sociais dão mais retorno para a sociedade.

A constatação foi apresentada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em 2009, em um painel chamado “O Efeito Garota” (The Girl Effect).

A estimativa do Banco Mundial é que, em média, 90% da renda obtida por mulheres jovens é reinvestida na família, criando um efeito bastante positivo.


Quando se trata de homens, o índice cai para 30% a 40%. Ao justificar a priorização de programas para elas, os representantes da instituição ressaltaram, em documento, que as mulheres são “as espinhas-dorsais da família, que cuidam de todos e protegem, além de serem as mães da próxima geração”. Segundo o Banco Mundial, o Brasil perde em média R$ 31,1 bilhões ao ano devido à falta de oportunidades para mulheres jovens.

Para José Graziano da Silva, representante regional para América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), realmente o ideal é direcionar investimentos sociais para o público feminino.

Ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele diz que 98% dos cartões do Bolsa-Família são entregues para as mães.

“Elas destinam os recursos para alimentos, material escolar, vestuário, transporte e aluguel”, diz Graziano.

Ele ressalta que em momentos de crise ou em relação à fome, as pessoas mais afetadas normalmente são mulheres e crianças.

Folha Universal

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